sábado, 22 de junho de 2013

Quem de nós? ( cap. 5)


 Bom, é isso ai... Mais um capitulo, mas fiquem ligados pois já está acabando.
Boa leitura e espero que gostem!
^-*



Richard POV

O Ruki é bem simpático e parece estar sabendo de tudo com detalhes.
A piscina é grande e bem detalhada. Na ponta dela possui pequenos círculos separados de hidromassagem. O fundo é decorado com um enorme desenho de tinta preta de algo escrito em japonês. As bordas são de vidro. Engraçado é eu ainda estar na esperança de ficar com ela.
Reita nos levou até dois amigos que estão no bar e parecem que todos são muito amigáveis.
– Gente. Esses são Kay e Richard. – Reita nos apresentou.
– Prazer, Uruha. – ele foi o mais simples em nos cumprimentar. Continuou no bar abaixando somente a cabeça.
– Prazer, Kai. – já ele, simplesmente sorriu.
– Eles são os outros integrantes da banda. O Ruki também faz parte.
– Desculpe perguntar. Qual é o seu nome? – Kai perguntou. Provavelmente porque deve ter achado estranho uma mulher ter o mesmo nome dele. – Por que Kay é só uma abreviação, não é?
– Meu nome é Kaylane. – ela corou. Então, eles não sabiam o nome dela enquanto eu só não sabia o nome todo, como também todos os segredos.
– Bonito nome. O meu é Uke Yutaka. – ele tirou os óculos escuros e uma mulher morena se aproximou.
– Amor. Vem para a piscina. – a morena deu um beijo no Kai.
– Essa é Ingrid, minha namorada. – e que namorada. A menina tem um corpo de academia.
– Oi. Vocês vão me desculpar, mas esse aqui está me devendo um pulo na piscina. – ela o arrastou e eles foram para a piscina.
– Não ligue Richard. O Kai tem uma queda por mulheres assim. – Uruha deu o primeiro sorriso em toda a conversa.
Kaylane parece bem a vontade. Os amigos do Aoi são perfeitos, a casa é perfeita, ele é boa pinta... continua a me perguntar que chances eu tenho.
– Com licença. Vamos aproveitar essa piscina. – sorri para o tal de Uruha e o deixei com o Reita.
– É. Prazer em conhecê-lo. – Kay sorriu.
Depois do que eu disse, Kay ficou em silêncio comigo. Ao que tudo indica, eu perdi. Eu fui seguindo-a até duas cadeiras de piscina onde ela se sentou.
– É tudo tão estranho. – ela finalmente disse alguma coisa e eu me sentei ao lado dela.
– O que é estranho? – mostrei que estava ouvindo.
– Você, Reita e Aoi gostam de mim, mas eu me pergunto mais de você. Por que demorou tanto para me dizer? Disse logo agora? – ela olhou fundo nos meus olhos e pareceu confusa.
– Eu senti que posso perdê-la. – confessei.
– Mas você em todo momento podia me perder. Estava esperando? – ela olhou para a piscina com as bochechas ardendo. – Você nunca vai me perder. Você tem sido o melhor amigo.
Pronto. Amizade é tudo o que ela quer. Só consigo lembrar de todas as coisas que aconteceram conosco na faculdade e a minha amizade.
– Eu entendi. – eu só tinha que ficar ali, ao lado dela como um grande amigo e ajudá-la com os garotos.

Aoi POV

Fui a procura de Kay no meio da festa que está com mais pessoas do que eu imaginava, bem mais. Provavelmente amigos do Ruki.
O Dj está arrasando. A comida está sendo bem servida. Só não estou vendo a Kay.
Encontrei-a sentada em uma cadeira de piscina ao lado do Richard. Os dois parecem tensos e não sei do que se trata.

– Vocês estão curtindo a festa? – me aproximei.
– Mais ou menos. – ela me respondeu.
– Me diz o que está faltando que eu consigo para você. – ela me olhou séria como eu nunca tinha visto.
– Queria conversar com você e o Reita a sós. – ela corou e sorriu para mim. Eu sinto que é tudo ou nada.
Richard pareceu não gostar. Ele só abaixou a cabeça. Não consegui olhar em seus olhos já que o cabelo os tapou. Porém, queria saber o que se passou na cabeça dele agora.
– Vamos indo ao meu escritório que eu vou falar com o Reita. – eu sugeri.
– Vamos sim. – ela se levantou e não olhou para o Richard.

Richard POV

Ela foi com o Aoi e não me disse nada, nem um “me espere aqui”. Eu fui descarto, jogado fora. Não pretendo ficar aqui esperando ela voltar e ficar consolando-a, ouvindo sobre o que aconteceu.
Levantei-me e fui até o carro com a intenção de sair o mais rápido possível dali.
Liguei o carro. Conforme eu ia dirigindo percebi que não há lugares em que eu não veja Kay comigo. Mesmo assim... há um lugar que eu quero terminar tudo. Foi onde tudo começou.
Fui em direção a praça do campus da universidade onde estudamos. As árvores, o banco onde eu e Kay sempre sentávamos. Foi aqui que eu resolvi sentar e refletir como tudo começou.

Flashback on

“Os profundos mistérios da Lei de Newton”
Estudar física não é fácil, mas para mim é mais que necessário. Infelizmente, mesmo nesse lindo campus, não posso aproveitar esse ar livre. Tudo é tão bonito e confortável.
Cheguei a 4 semanas e todos já estão em festas, em shoppings e eu continuo aqui. Não estou aqui para namorar, para fazer amigos e muito menos para ir a festas.
Engenharia não é fácil e os professores têm pegado no meu pé.
Parei de pensar e respirei fundo. O ar daqui é puro e me faz pensar que ainda não encontrei um verdadeiro amor. Tenho certeza que quando isso acontecer, essa será a menina certa.
– Oi. – uma mão me cutucou - Mil desculpas te atrapalhar, mas é que todo mundo foi para uma festa e eu não estou afim. Sou nova aqui e queria saber se está afim de comer alguma coisa no campus.
Nunca vi menina tão bela. O cabelo dela está preso, é meio bagunçado e ao mesmo tempo arrumado. Sua feição é linda e meiga, ainda mais agora que está com a bochecha toda avermelhada.
– É... – fiquei sem palavras e isso a intimidou mais – Tudo bem. Vamos comer alguma coisa. A propósito... – levei minha mão até a cabeça. – meu nome é Richard.
– Kaylane, mas pode me chamar de Kay. – ela sorriu percebendo que tinha sido correspondida por mim.
– Bonito nome. – devolvi o sorriso. – onde vamos?
– Preciso ir ao meu quarto antes. Quer ir? – ela desviou o olhar.
– Tudo bem.
Fomos conversando durante a ida ao quarto dela e percebi que o sorriso dela me envolvia. Uma menina descontraída e ao mesmo tempo rebelde. Tem um jeito todo diferente de ser. Sua roupa peculiar me chamou atenção: saia azul marinho de pregas, botas pretas até o joelho com meia calça rastão e uma blusa preta de meia manga com decote em ‘V’.
Chegamos ao quarto todo decorado do seu jeito. As paredes são rosa e as fotos foram ampliadas e coladas na parede.
– Um quarto só para você ? – estranhei, pois eu tinha colega de quarto.
– Minha mãe achou melhor. Eu faço dança e é melhor eu ter espaço para ensaiar.
– Nossa. Interessante. – fui olhando as coisas em cima da cômoda enquanto ela foi ao banheiro.
Muitas fotos, livros e algo peculiar, uma caixinha de jóias com bailarina todo decorada. Ao abri-la a bailarina começou a girar, girar, girar. Tinha algo naquela caixinha diferente das normais. É toda decorada com algo que parece ouro branco e o cheiro é doce.
– Olhando a minha caixinha? – ela me interrompeu e eu corei.
– É... – olhei para a porta do banheiro e me surpreendi.
Agora ela está com um vestido preto simples de meia manga e decote em ‘V’ e de sandália alta, vermelha. Fiquei até com vergonha da minha calça jeans e blusa pólo.
– Essa caixinha foi presente do meu pai. Ele faleceu quando eu tinha 6 anos. – ela acariciou a caixinha. – Sabe... essa caixinha é coberta com ouro branco. Eu sei que é maluquisse falar isso para um desconhecido, mas foi o único que prestou atenção nessa caixinha. – ela sorriu com a caixinha nas mãos - Eu não coloco nenhuma jóia nela a fim de esperar que o amor da minha vida me dê alguma para colocá-la aí. – ela olhou para mim e sorriu.

flashback off

O resto da noite foi maravilhoso e tudo começou nesse banco no meio da praça do campus.
Continuei sentado e fechei os olhos. Sinto saudades. Onde eu me divertia com a Kay todos os dias e a via dançar.
Ela sempre dançou bem. Além de técnica, tem graça, seus passos são leves. Lembro do dia em que ela dançou balé.

Flashback on

– 1, 2 , 3... – a professora conta e estala os dedos.
Kaylane está fazendo um solo de balé. Fico impressionado com a precisão dela em todos os movimentos. Os passos dela são leves e preciosos. Como pensar que ela está dançando? Mais parece que ela está flutuando.
Ela terminou e eu só pude me esconder para que não me veja.

flashback off


To be continue...

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