quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Lógica Sentimental!


Hey pessoas.. voltei com as fics .. desculpe a demora, tive um contra tempo enorme e não dava pra postar nada... mas voltei com fanfics novas.
Espero que gostem.
Um grande beijo e boa leitura!







Reita POV

- Ruki. Você tem que entender que eu não estou aqui para ser seu capacho. – o olhei sério - Pelo menos, ela me trata bem.
Ele veio me dar um tapa no rosto, mas eu o bloqueei segurando seu pulso. E por mais que eu odeie deixá-lo chateado, é a verdade. Ele não me dá valor, por mais que eu tente fazer de tudo.
Mas não foi aí que tudo começou.

flashback on

- Você sabe que eu te amo, não é? – Ruki fez cara de pidão.
- O que você quer? – o encarei.
Ele está deitado no meu colo enquanto assistimos TV. É o momento que separamos no dia para nos relacionar. Patético, mas é o único tempo que temos, porque ele trabalha o dia inteiro, sai às 9 horas e só chega às 20 horas enquanto eu fico em casa limpando, cozinhando, cuidando de tudo. Mas agora que ele recebeu uma promoção na empresa de decoração vamos ter mais tempo juntos.
Eu o conheço a 4 anos e desses quatro moramos juntos a 2. Já cansei de tentar convencê-lo a namorarmos, mas ele prefere deixar assim. Pelo menos, não arranjamos outras pessoas.

- Você sabe que eu vou ser promovido. – ele se sentou e me olhou – Isso quer dizer que eu vou ter mais tempo livre. – fez uma pausa e eu estranhei - Eu queria aproveitar esse tempo livre para... – essas pausas me assustam - Ensaiar...
Por que ele quer se ocupar sendo que mal temos tempo para nós?- Primeiro... Ensaiar o quê? – curioso perguntei.
- Eu fui chamado para uma banda. – seus olhos brilharam. – como vocalista.
- UMA BANDA? – não quis incomodar os vizinhos, mas não tive escolha.
- É... não é demais? – um sorriso ocupou seu rosto.
- Nem temos tempo para nós e quando finalmente temos a chance de nos relacionarmos você quer se ocupar? – disse pasmo. O seu olhar agora parece o de uma criança que o sonho colorido foi para o espaço.
- Como assim não temos tempo para nós? – o deixei com raiva e essa nunca é a melhor opção. Já sei que vem briga por aí...– o que estamos fazendo agora? – ele está tentando se controlar, enquanto eu, continuo pasmo.
- Você chama assistir o programa da Oprah em plena sexta-feira, às 21 horas, de nos relacionarmos? – não tive a intenção de deixá-lo com raiva, mas consegui com o meu sarcasmo. Vou tentar me manter firme. Quem sabe intimidá-lo, mostrar quem é o macho da casa.
- POR QUE? VOCÊ NÃO GOSTA DE FICAR COMIGO? FALA LOGO! – Ruki se levantou e começou a berrar falando coisas que eu não consegui entender...
Uma das coisas que não entendo é porque que sempre que vamos criticá-lo ele começa a berrar? A outra é, por que sempre que brigamos eu é que tenho que dormir no sofá?

- Cala a boca!– eu gritei e ele se calou – Eu entendi... – me levantei - Pode fazer o que quiser. – fui para o quarto tomar um banho.
Não queria escutá-lo gritar. Nós já não tínhamos um relacionamento muito bom e ele gritando é o cúmulo para mim.
Entrei no chuveiro e deixei a água quente cair nas minhas costas.

Todos esses anos aceitei as decisões dele sem reclamar. O incentivei a trabalhar, a fazer cursos e finalmente ele recebeu uma promoção. Aguentei todos os momentos longe dele, paparicando-o e agora ele quer pegar o único tempo livre dele para ensaiar?
Sei que não somos namorados, mas eu moro com ele e um pouco de consideração seria bom.
- Reita. Está tudo bem? - ele disse na porta do banheiro.
- Sim. Pode ir dormir, amanhã você trabalha. – respondi ríspido.

Vou para cama me deitar. Abri a porta do banheiro só trajado com uma cueca. Isso vai enlouquecê-lo.
- Desmaiou no banheiro? – ele perguntou.
- Só fui relaxar um pouco para o dia puxado de amanhã. – respondi ríspido.
Deitei-me ao seu lado descontraído, deixando um espaço entre nós e virado para o lado oposto.
- Amor... Você está uma delícia assim. – ele veio me abraçar.
- Obrigado. – me afastei - Vai dormir, amanhã você acorda cedo. – me enrolei no edredon e deixei-o lá, sedento.
Sei que é maldade, mas não estou disposto a dar trégua.

***

O despertador tocou uma hora mais cedo, como de costume, para eu preparar o café da manhã do Ruki.
Levantei-me devagar para não acordá-lo e fui até a cozinha.
Vou fazer omelete, misto quente e vitamina de banana. Peguei a frigideira e comecei a quebrar os ovos.
Ele nunca faria isso por mim se eu tivesse um emprego e ficasse fora o dia inteiro. Ainda por cima quer se ocupar mais.

- Bom dia amor. – ele me envolveu dando um beijo nas minhas costas.
- Bom dia. – me mantive firme.
- O que vamos ter de café da manhã? – pus o omelete no prato, me soltei e fui arrumar a mesa.
- Um prato só? Não vai comer comigo? – disse ele indo em direção a mesa.
- Hoje, você vai comer sozinho porque vou sair. – fui para o quarto tomar banho e colocar uma roupa.
Eu não vou me vender desse jeito, por palavras doces e meigas. Quem sabe assim, ele me dá mais valor. Tudo bem que eu não tenho nada para fazer na rua, mas é melhor do que ficar aqui aturando-o.
Coloquei a minha melhor roupa, parei na porta do quarto e respirei fundo.
Saí do quarto, passei pelo Ruki que está sentado na mesa da sala tomando café, abri a porta de casa e saí batendo-a e deixando-o lá.

***

As ruas estão movimentadas e as pessoas estão felizes, até demais. Alguns ainda me olham estranho por causa da minha faixa peculiar no nariz, mas dizer o quê? Esse é o meu charme. Fazia tempo que não aproveitava a rua assim. Pensando bem... vou dar uma passadinha no café em que eu e o Ruki nos conhecemos.

Coffee brake
Entrei, sentei na mesa e olhei o cardápio maravilhoso disponível. Já que estou aqui, quero aproveitar.
- Já escolheu senhor? – vi aquela gentil garçonete sorrir para mim.
- Sim, vou querer um café expresso e uma torta de chocolate. – pedi confiante, mas ela me olhou negativa. Fechei a cara. - Algum problema? – ousei perguntar.
- Se eu fosse você, pedia a torta de morango com chantilly que está mais gostosa. – vi aquela menina de longos cabelos castanhos e uma boca rosada. Seu corpo é médio, mas com curvas, perfeito. Aparenta ser frágil como o Ruki.
- Vou seguir o seu conselho. – a fitei.
- Mais alguma coisa? – pensei bem. Não vai ser ruim se eu me relacionar com outras pessoas.
- Quero sim. – sorri de canto – Sua companhia depois que sair daqui. Aceita?
- Bom... – ela se surpreendeu – Você pode me pegar aqui às 13 hr.
- Almoçar? – eu relaxei na cadeira. Perdi o jeito depois que me acostumei com o Ruki.
- Pode ser, conheço um ótimo lugar. – ela sorriu meigamente.
- Tudo bem. –dei uma piscadela dando-a o cardápio. Ela foi em direção a cozinha.

Não sei o que eu estou fazendo, mas pela primeira vez sinto que faço algo por mim e não pelo Ruki. Estou cansado de ficar esperando por ele para fazer as coisas. Cansado de ficar esperando que ele me dê atenção. Eu vou me dar atenção agora, procurar me relacionar com mais pessoas, me...
- Sua torta e seu café , Sr... – ela me assustou. – Sr... ? – disse esperando uma resposta.
- Pode me chamar de Reita. – olhei para ela no fundo dos olhos.
- O meu é...
- Alice. – a interrompi.
- Como você?? – disse confusa.
- Não é para isso que serve o seu cordão? – ela se calou e suas bochechas começaram a corar – Quero saber mais do que o seu nome. – disse colocando açúcar no café.
- Bom apetite. – saiu de lá muito rápido. Deve ter ficado com vergonha.

É com ela que vou me encontrar às 13 hr. Ai de mim se o Ruki souber disso. Já o vejo jogando a Tv em cima de mim. Porém, ele não vem ao caso agora. O café está bom, quente do jeito que eu gosto. A torta está realmente gostosa, como disse a menina dos lábios rosados... Alice.
Há um casal na mesa da frente se beijando e eu não posso deixar de perceber que eles estão muito apaixonados, como eu e o Ruki já fomos. Agora, está pior do que casamento. O menino a beija com tanto amor que até me excita. Percebe-se que ele a possui. Acho que estou carente de sexo... que patético.
Peguei um guardanapo na mesa e comecei a escrever um bilhete.

Te pego aqui às 13 hr. Reita

Fui até o caixa, paguei a conta. Aproveitei para deixar uma boa gorjeta e o bilhete.
Saí do café sem olhar para trás. Não gosto de parecer meloso. Afinal, paparico o Ruki e não adianta nada... Acho que vou sair com a Alice só para provocá-lo, mesmo sendo ruim.
Passei por uma loja de motos. Sempre quis uma. O ruim é saber que vendi o carro e fiz umas economias para ter o dinheiro no banco, caso nós precisemos. Mas e ele? O que ele vendeu por nós? Nem o tempo dele cede... Mas como o dia é meu, por que não conseguir a moto que eu sempre quis?

Alice POV

O Reita me chamou atenção logo de cara com aquela faixa no nariz, calça jeans escura apertada e uma blusa preta por baixo da jaqueta de couro com correntes. Ele é do estilo de homem mau caminho. Logo o que me atrai. A faixa no nariz é sexy.
Dou uma última olhada no espelho para me certificar que o vestido está bom. Não gosto muito do meu cabelo ondulado, nem da minha aparência frágil, mas é o que tenho. Meu vestido azul marinho fica lindo na minha pela clara. O ruim é a minha sapatilha, mas fazer o que? A maquiagem está fraca. Gostei.
Agora, é só esperar. Não fico ansiosa assim há muito tempo. É uma sensação muito boa e ao mesmo tempo agonizante. Afinal, vou sair com um homem que nunca vi na vida. Não o conheço, e nem sei a sua vida. Da um certo... Medo.
- Alice. – Kelly apareceu no vestiário que mais parece mini-vestiário
- Oi. – respirei fundo.
- Tem um tal de Reita lá fora esperando você. – olhei o relógio. 13 hora, em ponto.
- Como estou, Kelly? – me virei para a porta onde ela está. – Então?
- Linda. Agora... - ela veio em minha direção e ajeitou os meus peitos dentro do vestido – relaxa e arrasa! – me deu um abraço.
- Obrigada. – respirei fundo e cruzei os dedos para dar sorte. – Não vou deixá-lo esperando. – sorri. Senti minhas bochechas arderem.
- Vai lá. Dar uns amaços.
- Boba. – disse pegando a minha bolsa e indo a entrada da loja.
A cada passo que eu vou dando em direção a saída, o tempo vai ficando mais lento. Não pensei que ele causasse isso tudo em mim.
Essa sensação piorou quando o vi montado em uma moto vermelha, muito sexy, me fazendo corar. Seus cabelos pretos com mechas loiras dão um tom diferente ao seu estilo. Não acredito que vou sair com um gato desse!
- Preparada? – ele me deu o capacete – monta aí.
Montei na moto.
- Conheço um restaurante ótimo para irmos – sugeri.
- Tenho algo diferente se não se importa. – ele foi colocando o capacete.
- Não me importo. – coloquei o meu.
- Segura em mim. – eu abracei a sua cintura – Mais forte... – nossos corpos se uniram mais – vamos nessa.
Ele ligou a moto e começou a acelerar. Pensando bem, ainda bem que estou de sapatilha.





Ruki POV Eu não acredito que ontem ele me mandou calar a boca. Ninguém me manda calar a boca, mas ele estava tão chateado que chegou a esse ponto. Normalmente, eu é que quebro tudo. O pior, é que ele sabe como me irritar. Odeio quando ele me rejeita, mas eu não pretendo ir rastejando atrás dele.
Hoje, ele saiu todo apressadinho, todo lindinho. Admito que estou curioso para saber onde ele foi, mas creio que saiu só para me provocar. Aquele marrento. Pude sentir a minha feição se fechar.
Afinal, por que ele ficou chateado? Eu só vou entrar em uma banda. Não vou ficar ensaiando sempre. Além do mais, passamos muito tempo juntos.

- Já está viajando, Ruki? – me assustei.
- Oi Shiro. – suspirei – é, são os problemas.
- Percebi pela sua cara. – eu estou tão mal assim? – problemas no relacionamento?
- Como você sabe? – ele também é gay, dã
- Conheço essa cara. – ele sorriu – O que houve? – ele entrou no meu escritório e sentou na poltrona em frente a minha mesa.
- É o Reita dizendo que não passamos muito tempo juntos. Hoje, ele saiu porta afora sem me dar satisfações. – passei a mão no rosto.
-
Por que está preocupado? - o fitei.
- Ué, porque... porque ... – não tenho um porquê e isso me assusta.
- Ruki, ele não é seu. Vocês não namoram. Não tem o direito de reclamar. Lembre-se que foi você que quis assim – suspirei – Bom, essa é a minha opinião. – ele se levantou – vou saindo. Preciso trabalhar.
Agora, ficou um vazio. Shiro tem razão. Acho melhor eu trabalhar também.

Reita POV- Gostou? – perguntei.
- Amei, o quarto desse hotel é lindo e a vista mais ainda.– ela olhou, deslumbrada, o lugar.
Gostaria de trazer o Ruki aqui, mas ele está sempre sem tempo. Gostaria de fazer várias coisas com ele, mas ele sempre está sem tempo.
- Já eu, estou amando a sua companhia. – sorri de leve. Ela corou. Pelo jeito, ainda não perdi o jeito.
Eu sei que estou fazendo isso mais para provocar o Ruki, mas não é só por isso. Bom, no começo era, mas agora eu vejo algo na Alice que não via antes. Seu jeito é carinhoso e verdadeiro. Seus gestos são leves e lentos.
Sentado ao lado dela, me aproximei de seu ouvido calmamente.
- Espere para ver o que mais posso lhe oferecer. – sussurrei de um jeito sensual.
- Estou esperando... – ela respondeu virando o rosto de maneira ágil e ficando com seus lábios bem próximos do meu.
- Seus pedidos. – o garçom trousse os nossos Teppanyaki de frutos do mar ¹ e eu me ajeitei na cadeira.
- Obrigada. – o sorriso dela estava começando a me atrair. O garçom se retirou e começamos a comer em silêncio.
Não me sentia assim há muito tempo. O único problema é que a Alice é mulher. Quer dizer, eu não tenho problema com mulheres, já fiquei com muitas, mas de todas Ruki foi o que ganhou...
- Vou ao banheiro. – ela se levantou e eu fui para o próximo passo.


Alice POV Entrei no banheiro e comecei a lavar as minhas mãos. Tudo é decorado de mármore e a banheira é enorme. Não acredito que ele reservou um quarto no hotel e pediu para que fosse preparado um almoço na varanda.
O cheiro dele é muito bom, os lábios dele me atraem. Ele me atrai mais no sentido carnal do que outra coisa. Estou doida pra saber do que ele é capaz.
Fechei meus olhos e acariciei os meus lábios, comecei a sentir o meu desejo, meu fogo. Eu estou doida para beijá-lo. Ri comigo mesma.
Saí do banheiro, fui até a mesa e me sentei. Não falamos.
Ele começou a se aproximar, começou a acariciar a minha coxa e beijar o meu pescoço devagar. Eu fechei meus olhos e fui sentindo cada toque que ele me dava. A outra mão passou das minhas costas para a minha nuca me puxando para os seus lábios ferozmente. Começamos a nos beijar deliciosamente e nos acariciar. Levei a minha mão até a sua nuca demonstrando o que eu queria. Fomos aprofundando o beijo.

Reita POV Eu fui beijando-a ferozmente. Comecei a possuí-la. Nossos beijos estão esquentando cada vez mais e resolvi brincar um pouco de seduzir.
Eu estou desejando-a a ponto de fazer com ela o que Ruki não teve tempo para fazer comigo.

Ruki POV

- Amor. Cheguei!- Disse e nou ouve resposta. – Reita?!

Estranho, são 20:30 horas e o Reita ainda não voltou. Ele deve estar realmente chateado.
Coloquei as minhas coisas no sofá e fui ver o que tem na cozinha. Fuxiquei a geladeira, mas não vi nada demais. É ruim lembrar que nessas horas o Reita faz falta. Quando chego, tudo está pronto. Jantar romântico, casa arrumada, tudo. Agora, estou aqui patético porque o meu homem se mandou e não fez o jantar e eu não sei o que comer.
Olha só, já estou o chamando de meu, sendo que nem meu é. Estou ficando mal acostumado.
Fui ao quarto tomar um banho. Vou fazer uma surpresinha pro Reita. Sorri pensando no que seria. Saí do banho e coloquei a minha cueca Box.
Voltei à cozinha e fiz um sanduíche caprichado para me manter pelo resto da noite. Sentei no sofá e liguei a Tv.
- filme chato, jornal, novela, programa de culinária. Aqui estou eu sentado assistindo TV sozinho às 21:15. Estou chegando ao cúmulo de falar sozinho.
Fechei a boca.
- Oprah !

... O assunto de hoje é: Ele te deixa em casa sozinha e some. O que você faz?...
Então meninas. O seu marido sai sem deixar satisfações o que vocês fazem?
- Ah! Eu penso logo que ele está me traindo e saio metendo a porrada.
- Eu pergunto onde ele esteve.
Amiga, não é a melhor coisa. Uma notícia para você: mentira existe. (PLATÉIA APLAUDE)
- Para mim, sendo casados, temos que dar satisfação para onde vamos, até em um namoro. Não deu, algo está acontecendo.
É isso aí. Vamos para os comerciais. ‘

Traindo é? São meninas que não tem auto-confiança, o que não é o meu caso.
Fui assistindo, assistindo...

*dream on *

Eu corro pelos corredores.
- Reita! Reita! – ele não está em casa. Então, olho pela janela e lá está ele com outro.
Ele está feliz e sorrindo.
Ele me oha como se eu fosse uma qualquer. Beija o outro como se eu estivesse vendo. Sorrir e demonstra sua felicidade... Coisa que eu não o fiz. Ele me trocou.


Eu caio de joelhos no chão e começo a chorar.

*dream off*

Acordei assustado dormindo no sofá.
- 22:30 da noite. Onde esse patife está?- fui deitar na cama emburrado.

Reita POV

Peguei as chaves no bolso e fui abrindo a porta devagar. Tirei as botas e passo a passo fui indo em direção ao quarto.
Na cozinha, a louça está na pia. Ele deve ter feito algo para comer. Na sala, tem rastros de que ele esteve assistindo TV.
Abri a porta do quarto e fui direto ao banheiro, devagar. O pequeno está dormindo profundamente.

Deixei a água correr pelo meu pescoço e aliviar os arranhões que a Alice deixou nas minhas costas. Tudo foi descontraído e diferente. Só me deparo com o problema de o pequeno saber disso... Nós não temos compromisso, então não estou preocupado.
Acho que vou passar a dormir no quarto de hóspedes para deixar claro que eu estou deixando o serviço de escravo.
Vesti a minha cueca e passei de fininho até a porta do quarto.
- Reita... – o pequeno se mexeu e suspirou o meu nome.
Só dormindo que ele demonstra que sente falta.
Saí do quarto e fui me deitar no quarto de hóspedes, deixando-o só.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Uma história de amor em Esparta

Olá pessoal, hoje vim postar um pequena historinha que minha prima fez para o trabalho da faculdade, acabei achando, enquanto preocurava uma minha, li e resolvi postar. Até que é bem bonitinha e super curta.
Então vamos lá e boa leitura. 




Participante da civilização orgulhosa, que tem o prazer de se autoar helênica, eu, humilde cidadã espartana, estou fadada a me preparar fisicamente para ser entregue a alguém que tenha o perfil compatível para formar cidadãos fortes e saudáveis, sem levar em consideração o elemento essencial, o amor. Pelo menos, era o que os papiros diziam. O escriba que é o modelo a ser seguido, homem sábio e importante perante o Estado, perdeu a minha admiração derretendo meu coração ao redigir tal exigência.

            Tudo começou com o mais simples olhar enquanto ia com o meu pedagogo ao gramático. Ingenuamente, levava minha tabuinha para acompanhar as aulas e observava atentamente o trajeto feito. Meu coração esperava ardentemente por essa aula, porque era lá que eu encontrava o amor da minha vida, Daniel.

Tão nova, mas já sonhadora.

            Fazia tudo para chamar sua atenção. Empenhava-me ao máximo em minha busca pela perfeição, pela melhora da Pólis. Afinal, sendo um aluno tão focado, iria querer uma mulher à sua altura.

            Felizmente, o tempo foi me ajudando e com os dois focados para os Jogos Olímpicos, nos esbarrávamos toda vez na palestra. Daniel participava da maioria dos esportes olímpicos e ainda tinha a plena noção das sete artes liberais. Isso, para mim e para a metade das meninas de Esparta, é o modelo de homem perfeito.  O homem perfeito que eu queria.

            Hoje, mais uma vez me encontro treinando na palestra. Não houve um dia se quer que eu tenha faltado ao treino. Todos os dias a espera de ver os olhos lindos de Daniel encontrando os meus. Encontro esse que tinha que ser dos mais breves possíveis, porque o mínimo de distração comprometia todo um empenho. Mas, esses mínimos olhares, que poderiam valer de nada para ele, valiam muito para mim.

            Porém, nesse típico dia de treino me deparei com a sua falta. A primeira em toda a sua vida. Algo havia acontecido.  Ele não admitiria uma falta se não fosse algo muito grave. Estava próximo, eu sabia. Seus pais e o Estado decidiriam quem seria sua esposa.

            Saí apressada do treino, sem falar com ninguém, com o coração angustiado querendo o ver, abraçá-lo. Abraçar, quem diria. Em toda minha vida só estudei o abraço teórico, mas nunca dei ou recebi algum. Queria ele perto de mim.

            Ando utopicamente pela rua. Algo me chama a atenção. Ele conversava com o nosso ex-gramático. Tentei passar despercebida e o mais rápido possível para não encontrar o brilho de seus olhos azuis e a eletricidade de seu corpo perfeitamente malhado por ocasião dos treinos incessantes. Mesmo havendo homens com o mesmo corpo em mais da metade da cidade, faço questão de prestar atenção no dele.

            Passando ao seu lado é que percebo uma mão quente segurando o meu braço. Seus olhos travaram nos meus. Não tive nenhuma reação.

- Falo com o senhor mais tarde. – falou simpaticamente ao nosso eterno gramático que se retirou.

            Segurando-me ainda para evitar a minha possível fuga olhou em meus olhos como se pedisse socorro a uma amiga que o acompanhara há anos sem ao menos trocar uma palavra.

- Pode me soltar, por favor? – tentei disfarçar.
- Desculpa. Força do hábito. – soltou algo próximo a um riso.
- Você sabe que não pode falar comigo. – disse.
- Sei, mas é de extrema urgência. – completou.
- O que tem de tão extrema importância para que venha a falar comigo na rua? – olhei seus olhos perdidos a espera de uma solução. – Com quem você vai casar? – relaxei os ombros.
- Você não sabe? – perguntou-me perplexo.
- Tenho que ir. – terminei a conversa sentindo que não era certo e saí o mais apressadamente possível.

            A verdade é que eu não aguentaria ouvir o nome de outra garota no lugar do meu. Porém, havia algo de diferente em seu olhar, como se quisesse me dizer alguma coisa. Olhar esse que nem um gramático, escriba ou cidadão helênico poderia distinguir, mas somente eu.

            Segui, correndo, a casa para realizar os afazeres no gineceu. Não poderia permitir que algum dos cidadãos espartanos visse o meu rosto molhado por lágrimas de fraqueza.

            Cheguei a passos mais calmos, recuperando o meu equilíbrio e mantendo a minha postura habitual.  Esconder os sentimentos sempre foi um cuidado para a cidade militarizada de Esparta.

            Entrei e segui direto ao gineceu. As minhas irmãs conversavam ente si.

- Será que ele vai gostar de mim? – Aila perguntou a Tícedes.
- Claro que vai. – pausou – E o que você acha, Helena?
- Eu não acho nada. – respondi.
- Você não quer nem saber o ocorrido? – ela insistiu e eu a encarei.
- Diga o que é tão importante a ponto de parar o que estou fazendo. – interpelei.
- A Aila vai se unir ao Daniel. – eu corei.

 Será que eu poderia ser tão ridícula ao ponto de achar que eu tinha alguma chance? Provavelmente me parara para falar de Aila.

- Helena? Você está bem? Está pálida. – Tícedes me tirou de um transe.
- Estou sim, só estava pensando em uma coisa. Que Daniel é esse? –perguntei disfarçando.
- Como assim que Daniel? Daniel filho de Elitel, braço direito do soberano, que estudou contigo uma vida inteira. – Aila usou de tom sarcástico.
- Sei quem é. – fiz cara de indiferente.
- Por um instante achei que não tivesse gostado da ideia. – Tícedes observou.
- É indiferente. – conclui.

Terminei o que tinha que fazer e fui ao quarto. Precisava me desligar de Daniel. Infelizmente, aqui, o destino nos separava. Ele será marido de minha irmã e sucessor de seu pai, braço direito do soberano. 



Acordei em um sobressalto, estava frio, muito frio. Dormi pensando nas cenas angustiantes de Aila e Daniel juntos. A menina nem da nutriz saiu.

Levantei-me e fui me preparar para ir a palestra treinar. Mesmo me sentindo debilitada fisicamente, tinha que ir. Não poderia deixar tal infortúnio emocional acabar com a minha participação na corrida nos Jogos Olímpicos. Eu não deixaria isso acontecer.  Ficar doente é demonstrar fraqueza.

Andei, andei e andei.  Nem havia chegado e o trajeto já estava cansativo, isso nunca aconteceu. Minha visão está ficando turva e eu...desmaiei.

Acordei com olhos azuis me encarando.

- Pronto, está tudo bem. – ele disse.
- Daniel?!?! O quê... – assustei-me.
- Calma, não tem ninguém por perto. – ele sorriu.

Sim, sorriu. Um sorriso que eu nunca havia visto, nem nas aulas do gramático, nem das sete artes liberais, nem na palestra.

- Minha cabeça está doendo. O que você fez? – olhei-o com profunda raiva.
- Não, eu só... – nem terminou de falar e eu já batia nele incessantemente.

Não sei dizer se o batia por ter me levado para um lugar que nem faço ideia de onde fica, por ter perdido o treino ou por ele estar noivo de minha irmã.  Um pouco dos três, talvez. Porém, a maior raiva é que conforme eu batia, nenhum efeito produzia.

- Calma, eu te entendo. – ele disse. Eu parei de descontar toda a minha raiva nele.
- O quê? – disse ofegante.
- Eu sempre te amei.

Aquelas palavras consolaram o meu coração, mas me deixaram sem reação. Não acho que um de nós seria capaz de amar, mas aconteceu. Eu estava errada.

Nós, cidadãos espartanos e helênicos, nos amávamos. Tudo conspirava contra nós.

- Eu sempre te amei. Sempre tentei chamar a sua atenção sendo o melhor de todos, mas isso virou a minha própria ruína. – confessou- Meu pai disse que por eu ser o melhor, não teria o direito de opinar nas possíveis candidatas para a minha união. – pausou respirando – rezei muito aos deuses para que fosse você, mas não foi. – abaixou a cabeça – Disse a ele, mas foi em vão. Ele disse que você é a melhor nos Jogos Olímpicos, invicta, mas que o Estado tem outro pretendente para você.

Aquelas palavras me intrigaram. Então, eu também não teria o direito de decidir a quem me unir. Por ser a melhor, seria tirado de mim completamente.

- Não! Temos que fazer alguma coisa! – eu disse.
- Isso faria muito mal a pólis. Não podemos arriscar.

Não abriria mão da minha felicidade ao lado do homem que eu amo.

- Vamos para Atenas. – decidi.
- Você deixaria a Pólis para ir morar em uma cidade “liberal”?
- Por você... Ou prefere a Aila? Ou prefere ficar preso? Ou prefere qualquer coisa a mim?
- Corro esse risco por nós. – decidiu.

Aproximamo-nos e nos abraçamos. Acho que buscávamos consolo um no outro da incerteza do sucesso desse plano. A rebeldia era imperdoável e morte certa. Seu coração batia fortemente e seu corpo ardia.

Imagino que, como eu, a espera de tal momento se cumpriu. Faltava-nos esse calor, esse carinho que apenas o olhar nos deu por tantos anos. Nesse abraço, senti que havia mais do que muito esforço e gratidão. Havia desejo de mudança.

Afastei-me e o encarei mais uma vez e em um toque espontâneo saiu o nosso primeiro beijo. O beijo tão esperado que nos uniu ainda mais nessa eterna aventura.

O tempo parou.

No dia seguinte, saímos clandestinamente de Esparta.  Deixamos tudo para trás. As lembranças com o gramático, os treinos na palestra, a participação nos Jogos Olímpicos, para seguirmos o que verdadeiramente importa, o amor.

Um dia, os papiros contarão essa linda história de silêncio, esperança e amor em meio à repressão.”



Essa é a história que o professor nos deu para ler. Felizmente, para Helena, os papiros contaram a sua história de amor.

- Mas professor – levantei a mão pedindo a palavra. – Por que esse drama todo? Eles não poderiam escolher com quem se casar e tal.

- Porque Esparta era uma cidade muito militarizada. Basicamente, os pais e o Estado decidiam com quem você se casaria para que seus filhos nascessem saudáveis. Além disso, as mulheres só aprendiam o básico no gramático, termo bem geral mesmo, e participavam das corridas nos Jogos Olímpicos.  Até mesmo na palestra, o espaço entre homens e mulheres era separado, mas não isolados. Os jovens eram tão focados no físico e em sua preparação que não tinham tempo para histórias de amor como essa. As sete artes liberais não eram abertas as mulheres, mas mesmo assim, não era muito importante. A maior importância era o físico e o militar.

- Mas se percebe que a Helena sabe o que são as sete artes liberais e que gosta de homens assim. – falei.

- É, mas acredito que para um homem tão importante como Daniel, isso era algo a mais a ser apreciado. Concorda?

- Concordo. – respondi.

-Dessa forma, as mulheres faziam os afazeres domésticos no gineceu. Até quando a autora coloca como utopicamente, ou seja, “sem rumo”, tem sentido, porque “utópico” é uma palavra de origem grega. Mais alguma dúvida?

Achei interessante todas essas observações, mas não estava satisfeita.

- E por que fugir para Atenas? – perguntei.

- Porque Atenas tomou outro rumo. Atenas era uma cidade mais voltada para a cultura. Vocês sabiam que Esparta, antes de ficar tão fortemente militarizada, já foi como Atenas? Mas o tal soberano que Helena fala era conservador, acabando com a importância da cultura na Pólis. Inclusive, a pederastia entre os treinadores era normal. Pois, o treinador, para chegar ali, teve que ser o melhor. Assim, os alunos criavam um tipo de afeição diferenciada pelo professor.

            Escutava o professor atentamente. Mesmo com todo esse conteúdo o que realmente me chamou atenção foi a história de amor. Eu quero essa história de amor para a minha vida e sei que os livros a contarão. Assim como Helena, a repressão afeta a minha vida, mas em outro sentido. Amor não correspondido?

- Oi Carol. – ele veio falar comigo. O sinal havia tocado e eu nem tinha percebido.
- Oi Daniel. – respondi meio sem graça.
- Quero falar com você urgente. – ele sorriu.
- Tudo bem...

            Gostaria que as palavras desse Daniel fossem iguais às do Daniel de Esparta, mas sabia que não seriam.

- Poderia me ajudar com a matéria de hoje? Gostei da história, mas não entendi o conteúdo.
- Tá ok.
- Quem sabe não poderíamos sair depois. O que acha? – ele disse meio sem graça.

- Claro. Claro. – corei.

            Será que seria o começo de uma história como a de Helena e Daniel?
FIM

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Traição tem perdão ( Ultimo capitulo)

Ei... Chegou, o ultimo capitulo. Ahhh
Mas, fiquem ligadinhos, pois a parte 2 já está a caminho!
Boa leitura...



-Antes de você correr, quero falar com você. Pode ser no seu quarto?
Não falou nada, apenas balançou a cabeça afirmando e subimos em direção a seu quarto. Ela fechou a porta devagar e gesticulou para eu me sentar em sua cama. Nós sentamos, porém a uma grande distância que para mim mais parecia um abismo.
– Tanto tempo.
– É. – ela me fitava.
– Eu estou aqui para dizer que sinto muito.
– Por que tanto tempo depois? – continua afiada.
– Porque eu fui incapaz de voltar a te ver depois de tudo que eu fiz. Precisei que meus amigos tomassem uma atitude por mim. – fitei o chão.
Enquanto terminava de discursar fui interrompido por um beijo dela, longo e apaixonante. Eu botei a mão em sua cintura e desci até as suas coxas. Acabei me excedendo no pedido de desculpas.
– Eu não aguento mais isso tudo. Você me deixou triste, magoada. Eu entrei em depressão por sua causa, mas nos últimos dias tenho percebido o quanto eu te amo. – ela finalizou.
– Eu também sofri, mas o erro foi meu e quero pedir por favor que me perdoe. Preciso de uma resposta. Eu te amo, te amo muito mesmo... Você quer casar comigo?
– O que? Casar? Mas... – ela parou, pensou, hesitou... – Eu aceito. – sorriu.
Continuamos nos beijando e tudo foi esquentando. Meu coração foi acelerando e começamos a nos provocar. Fomos assim, nos amando. Assim, eu soube que...
Nunca é tarde para corrigir um erro e redescobrir o verdadeiro amor.
Muito tempo depois...
Ruki POV

– Ei gente. Vocês já viram as fotos de casamento? – eu comentei no grupo. Eu, Uruha, Larissa, Ricardo e Mayara.
– Não. Já chegou? – Larissa veio em minha direção.
–Tem um postal também. – entreguei na mão de Uruha.

“ Pessoal,
Estamos aqui na Alemanha de lua de mel. Aqui é incrível. Daqui a pouco estamos aí no Japão outra vez.
Mandei o álbum de casamento para vocês darem uma olhadinha. Todos estamos com saudades.
Uma ótima notícia. Ricardo, você será o padrinho do filho da July. Ela está grávida de 4 semanas.
Todos mandando um beijo. Amo vocês. “

Uruha terminou de ler e Ricardo ficou perplexo.
– Nossa, tomei um choque agora. – Ricardo confirmou e todos rimos. – Quando vai ser a nossa vez de casar Mayara?
– Logo, espero. – eles se beijaram.
– Vão para um motel. – eu interpelei.

Tudo mudou e logo, logo a banda The Gazette estará unida com mais um membro.
Fim

sábado, 11 de janeiro de 2014

Traição tem perdão ( cap 13)

Ah... ta acabando.
Penúltimo capitulo, lá vai!

Ricardo POV
– Alô. Carol?
– Oi. Fala Ricardo.
– O que houve?
– Eu só estou te atendendo porque você nos conhece a mais tempo e deveria saber que não gostamos disso. Vocês vacilaram feio. – eu senti uma dor tremenda pela July.
– Para onde vocês estão indo? – só podiam estar indo para casa, mas tive que perguntar mesmo assim.
– Estamos indo para uma casa que temos aqui no Japão. – dessa eu não sabia.
– Onde?
– Não interessa... Não queremos nem você, nem ninguém nos perturbando. Vai ficar com os seus novos amigos.
Ela desligou. Mesmo querendo ligar outra vez, não hesitei, ela deve ter desligado o celular.
Reita! – Bati na porta do quarto dele. – tive uma idéia... Pode me ajudar?
Ele abriu a porta com o rosto triste.
– Idéia? Nada vai trazê-las de volta. – abaixou a cabeça.
– Elas estão indo para a casa delas que fica aqui no Japão, mas eu não faço idéia de onde é.
– Podemos descobrir.
Reita bateu na porta do quarto do Aoi e começamos a planejar.
Carol POV

Ficar sozinha nessa praia foi o consolo que achei depois do que aconteceu a 3 semanas atrás. Eu realmente gostei do Aoi. Melhor, ainda gosto. Eu me entreguei, mas pior é que algo me dizia para não fazer isso. Agora, quem poderia imaginar que eu estaria aqui, sentada na arei, olhando esse pôr do sol maravilhoso, fugindo do que realmente aconteceu?
Não há momento em que eu não pense no Aoi e nos meninos. Pensar em tudo que aconteceu é inevitável. Todos foram gentis conosco, mas tudo não passava de mero uso.
Meu coração está comprimido, sentindo falta, mas não posso perdoar.
A única que tem encarado isso muito bem é a July por incrível que pareça. Ela tem ficado no quarto, mas quando entro ela está radiante, sentada pesando. Quando sai para caminhar não nos chama, mas sorri.
July POV

Eles podem ter vacilado, mas não posso ver só o lado ruim de tudo isso. Rever o Kai foi diferente nesse dia. Mesmo ele estando meio abatido parecia que todo aquele sentimento gostoso de amor por ele tinha voltado e meu coração esquentou. Hoje, ele continua quente quando penso nele. Será que se eu não tivesse com raiva eu poderia tê-lo perdoado? Os meninos não iam fazer tudo aquilo a toa. Porém, não ia ser tão fácil que eles iam conseguir que eu me entregasse. O Kai me feriu muito ainda. Imagino que eles também tenham ferido as minhas amigas mais amargamente.
Priscilla POV

Eu confiei nele ! Aquele... Aquele... Ele nem merecia estar nos meus pensamentos agora. Depois de tudo que ele fez.
Eu só preciso ficar aqui, na beira da piscina aproveitando o sol.
Kai POV

Ali é o lugar onde a minha pequena está. A casa parece parada, mas foi o único lugar que identificamos. 3 semanas para achá-las e não ia sair daqui sem conversar com a July. A única garota que eu realmente amei e ainda amo.
Mesmo tendo sido uma surpresa ótima, meus amigos esqueceram de planejar o coração deles e acabaram caindo na tristeza.
- Já está tudo certo. Vamos separadamente falar com elas. – Reita que “planejou” tudo.
Ele achou melhor irmos separadamente para que não surgissem problemas.
Aoi POV

Saí da cabana vizinha e fui até a praia ao encontro da Carol que está sentada na arei vendo o pôr do sol. Minhas mãos começaram a suar só de vê-la. Ela está linda e radiante com um biquíni preto, olhando fixamente para o sol e chorando. Devo tê-la machucado muito e não era e nunca vai ser a minha intenção.
Fui chegando. Foi quando ela me viu e ameaçou se levantar.
– Tudo menos a minha mente brincar comigo formando miragens. – ela olhou novamente para o sol.
– Não é miragem. – eu respondi.
– O que você quer aqui? Por que veio? – ela se levantou e ficou frente a frente comigo.
Eu peguei as suas mãos devagar e as olhei atentamente.
– Sinto falta das suas mãos – a olhei nos olhos – do seu cheiro, do seu beijo, da sua presença...
Ela me olhava atentamente. As lágrimas foram descendo devagar. Ela fechou os olhos e respirou profundamente.
– O que você pretende com tudo isso?Impressionar-me? Acha que eu vou voltar correndo para você? Está enganado. – recuou as mãos. Abriu os olhos. - Traição é difícil de perdoar.
– Eu sei e não a culpo. Estou aqui para pedir perdão e dizer que em nenhum momento eu cogitei te usar. Planejávamos trazer só a July para reencontrar o Kai, mas aí você apareceu. – acariciei seu rosto. Porém, ela segurou a minha mão e a recuou.
– Aí você resolveu se aproveitar? Já cansei.
– Não. – me aproximei colando os nossos corpos, segurando-a. Ela tenta fugir, mas é inútil. – Você apareceu e eu me apaixonei. – nossos olhos se encontraram e brilharam – Apaixonei-me por essa menina linda e meiga que você é. Mudei meu ser. Entreguei-me a você. Decepcionei, mas estou aqui para me redimir com você dizendo que é a única menina que amo e quero amar para o resto da minha vida.
Eu fui me aproximando dos lábios dela e fui correspondido quando os nossos lábios se tocaram apaixonadamente como nunca tinha sido. Eu acariciei suas costas com tanto amor, possuindo-a.
– É por isso que eu tenho algo para te pedir. – peguei as suas duas mãos, me ajoelhei e tirei do bolso o anel que comprei na joalheria. – Quer casar comigo?
Carol levou uma mão ao rosto e começou a chorar meigamente. Eu fiquei ali, parado olhando e esperando uma resposta. Hesitante ela abriu os lábios, ajoelhou-se na minha frente e disse:
– Você sabe que errou. Você me machucou muito. Porém, eu tentei de todas as maneiras te esquecer e não consigo. – ela se calou e finalizou finalmente. – Sim, eu aceito casar contigo.
Eu a abracei jogando-a na areia. Ali, eu percebi que tinha em meus braços a mulher que eu sempre procurei.
A mulher que eu vou amar por toda a minha vida.
Reita POV
Entrei pelos fundos e ali está Priscilla deitada na beira da piscina com um fone de ouvido. O sol já está se pondo, mas parece que ela só quer ficar ali para passar o tempo. Seu biquíni rosa me atraiu.
Eu me aproximei, sentei ao seu lado e alisei a sua barriga.
– Reita? Mas o que? – ela sentou surpresa.
– Antes de qualquer coisa. Eu estou aqui para pedir perdão. – olhei no fundo dos olhos.
– Perdão? Eu não quero saber de nada vindo de você. – ela levantou-se e repeti a ação.
– Por favor. Pode me ouvir pelo menos? – pedi enquanto ela ia em direção a porta da casa.
Parou. Pareceu refletir.
– Tudo bem. Eu vou te ouvir. Só me faz um favor de não omitir nada.
– Não vou. Pode sentar na beira da piscina comigo? – ela revirou os olhos, mas foi se sentar.
Sentamos lado a lado. Ela olhava para os seus pés na água fixamente.
– Eu não vou tomar o seu tempo. Eu só quero explicar que não foi minha intenção te machucar. – a fitei e continuava da mesma maneira, imóvel. – Eu não consigo passar um momento sem pensar em você. Está me matando ficar longe de ti.
– Muito clichê. Vai ter que fazer melhor do que isso. Quer saber... estou perdendo o meu tempo. – quando ia se levantando eu segurei o seu braço.
– Eu trousse isso. – peguei o cordão e a mostrei. – mesmo não querendo voltar comigo, isso pertence a você. Só que não é só isso que eu planejava te dar.
– Não é? O que mais? Suas mentiras?– o olhar sarcástico dela me doeu.
– Não. Esse anel de noivado.
Priscilla se levantou assustada e eu me ajoelhei como um cavaleiro pedindo em casamento a sua princesa.
Peguei a sua mão.
– Eu sei que errei e não nego. Porém, aprendi a lição. Não quero passar um dia sem você. Quer casar comigo?
Ela chorou, não acreditando. Eu estava querendo noivar? Quem poderia imaginar?
Assustei-me quando ela se afastou, respirou...
– Vo-cê... está me pedindo em ca-ca-ca-samento? – ela ficou em choque. Porém, pegou a minha mão, levantou-me, abraçou-me e sussurrou em meu ouvido:
– Eu aceito.
Beijamo-nos de forma diferente. Olhei fundo nos olhos dela, peguei-a no colo e mergulhamos. Foi ali que eu percebi...
O amor da minha vida estava, está e sempre estará em meus braços.
Kai POV

Bati na porta da casa de praia e esperei a July me atender.
– A porta está aberta. – a voz ecoou de dentro da casa. – Eu já falei que é para vocês...
Ela não esperava que fosse eu.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Traição tem perdão ( cap 12)

Ricardo POV
Indo para o estúdio...

– Estou animada para conhecer o estúdio onde o meu amorzinho trabalha. – Priscilla está animada como sempre. Devem estar pensando que o negócio entre eles está ficando sério.
– Eu também. – Reita a beijou.
Andar com eles nessas três semanas me deixou carente. Eles se pegam muito, menos o Aoi e a Carol, eles são mais discretos, mas a Priscilla e o Reita... eles gostam tanto de um quarto que no outro dia vi o Aoi e o Reita (de lençol) abraçados na porta do quarto dele... não dava tempo de ele colocar uma roupa? Enfim, não é isso que está em jogo aqui. A intenção é fazer a July e o Kai se encontrarem. Amo a July e quero a felicidade dela acima de tudo, mesmo que isso queira dizer ela voltar para o Kai.
A olhei e lá está ela, na janela, olhando vagamente a paisagem, linda como sempre.
– Ricardo... encontrou alguma japonesa por ai? – Carol me perguntou tentando me infiltrar na conversa.
– Não, não encontrei nenhuma. Apareceram algumas depois daquele show no aeroporto. – todos rimos e cada um ficou no seu canto conversando.

– Chegamos ! – Aoi apontou para o prédio enorme, todo de vidro. Parecia ter uns 40 andares.
Todos nós saímos da limusine deslumbrados com o prédio e a área ao nosso redor.
– Prontos para conhecerem o nosso local de trabalho? – Reita nos perguntou e entramos no prédio.
– Sr Suzuki. Sr Shiroyama. Bem vindos novamente.
O pessoal da recepção fez reverência e entramos no recinto.
– Shiroyama e Suzuki? – July perguntou desconfiada.
– São os nossos sobrenomes. – Reita sorriu.
– 23º andar, por favor. - entramos no elevador.
– Como isso é uma surpresa queria que vocês três colocassem uma venda. – Aoi sorriu, parece ansioso com tudo isso.
Elas estranharam, mas aceitaram.
– Tudo bem.
– Por mim também.
– Não sei que surpresa é para mim, mas ok. – July finalizou.
– Não falem absolutamente nada até chegarmos lá e eu mandar vocês tirarem a venda. – Reita finalizou.
– Tá. – Falaram em uníssono.
Botamos as vendas nelas antes de chegarmos ao andar. Ouvimos o soar do sinal de chegada.
Eu me surpreendi com o andar todo. A parede que deveria ser uma janela é toda de vidro dando uma linda paisagem. A saída do elevador já é o estúdio.
O Reita guiou a Priscilla. O Aoi guiou a Carol. Eu guiei a July. Eu, Aoi e Reita nos entreolhamos preocupados e fomos para a sala de gravação.
Todos estavam lá, inclusive o Kai, vendado. As meninas sorriam como crianças.
– Parem aqui. – Reita disse e a Pri ia tirando as vendas – Calma... apressada.
Eu posicionei a July em frente ao Kai.
July POV

– Podem tirar a venda. – Reita autorizou e todas nós tiramos as vendas.
– Kai! – eu me surpreendi ao vê-lo. Suei frio. Todo o passado se passou em minha mente. Tudo!
Comecei a ficar tonta. Assustada, fraca.
– July ! – ele sorriu atenciosamente e me deu um abraço. Porém, eu não me mexi. Não consegui... fiquei em estado de choque.
– Me solta... – uma lágrima rolou de meu rosto. – não me toca... sai de perto de mim. – senti uma repugnância tão grande dele.
– Não, July! Deixa eu te explicar, deixa eu falar melhor com você.
Dei socos no peitoral dele descontrolada.
Ricardo me segurou, mas eu o empurrei.
– SAI DE PERTO DE MIM! NÃO QUERIA VÊ-LO NUNCA MAIS ! NUNCA MAIS! E AINDA NÃO QUERO VÊ-LO!
Empurrei o Ricardo e saí de lá em direção ao elevador.
CAROL POV

Eu olhei para a Pri que entendeu tudo. Eles só nos usaram para reencontrar a July com o Kai. Uma raiva subiu pelas minhas veias.
Pri olhou séria para o Reita e foi atrás da July. Reita tentou segui-la, mas eu o impedi.
– Não vai atrás dela.
– Eu só quero explicar...
– O que? Que vocês nos usaram? – interrompi - Só para fazer isso tudo? Sem a permissão dela? O Ricardo ainda ajudou vocês? – olhei para o Ricardo.
Aoi me segurou.
– Me solta... Não quero saber de você, você prometeu uma mentira. Você exala mentira e não quero que me encoste. – parecia que eu cuspia fogo.
– Deixa eu explicar... nós não usamos vocês... – Aoi tentou se explicar. Mas foi aí que eu comecei a falar.
– Primeiro vocês nos encontram, namoram com a gente, nos trazem pro Japão e não foi para nos usar? Quer que eu acredite nisso mais do que eu acredite na sua promessa?- o encarei com raiva.- quer saber... que se dane. – ia em direção ao elevador quando o Aoi me impediu segurando o meu braço.
Eu olhei para o braço dele com tanta raiva que ele foi me soltando devagar. Eu olhei para o Kai que está paralisado vendo tudo no mesmo lugar, parecia não entender nada.
– Bom te ver Kai. – sorri sarcasticamente e saí.
Larissa POV
Todos estão tensos com toda a situação. Eu imaginava uma reação parecida, mas não tão decepcionante. Os meninos estão arrasados e não saíram do lugar até agora. Ricardo foi atrás delas...
– Meninos... eu perguntei se vocês estavam preparados...
– Nós sabemos, mas erramos mesmo assim... – Reita respondeu indo se sentar no sofá.
– Vocês vão ficar aí parados? Vão atrás delas!
Eles me encararam com surpresa, mas antes de terem alguma reação Ricardo voltou chateado.
– Elas pegaram um táxi e foram para casa de vocês.
July POV
Eu não acredito nisso tudo. Reencontrar o Kai foi a pior coisa que me aconteceu. Minhas pernas estão bambas e me sinto fraca outra vez.
– Calma July, nós vamos para a nossa casa. – Carol me confortou anunciando a nossa partida para daqui à pouco. – Vamos arrumar as nossas malas.
AOI POV

Chegamos em casa, mas não tinha mais ninguém. Todas as coisas delas se foram menos o vestido que dei de presente a Carol que está no chão do quarto.
Eu encostei na parede do meu quarto e deslizei sentando no chão angustiado. Eu a perdi.
REITA POV

Eu entrei no meu quarto e o cordão está na cama, arrebentado, com uma carta ao lado. Isso dói no meu coração.
“ ‘Amorzinho’,
Estou te devolvendo a chave do seu coração. Não o quero mais.
Nunca achei que você fosse fazer isso comigo. Decepcionou-me de tal maneira que
não quero mais vê-lo, pretendo esquecê-lo. Espero que faça o mesmo.
Porém, creio que para você será fácil, já que eu não passei de um jogo para você.
Esquece as carícias, tudo... até as lembranças. Não o quero mais.
A Carol ficou tão decepcionada que nem carta quis escrever. Só chora e não é a toa.
Adeus.”

Uma lágrima caiu do meu rosto e foi aí que eu parei para sentir a dor.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Traição tem perdão( cap 11)

Reita POV

2 semanas depois...

– Oi Uruha !
– Tudo bem Reita?
Depois que resolvemos sair de férias do The gazette não nos encontramos, mas por causa do meu plano e do Aoi nós voltamos mais cedo e agora que eles voltaram podíamos falar com eles.
– Aoi!
– Uruha! – Aoi o abraçou – Quem é a dama?
– Essa é a Larissa. O meu amor. – ele a beijou.
– Prazer Larissa. – eu fui logo sendo simpático com a nova namorada de um dos meus melhores amigos, mas agora eu senti que ele sentia algo diferente por ela e algo profundo como eu nunca havia visto ele sentir por outra garota.
– Larissa Reita. Larissa Aoi. – Uruha foi logo apresentando.
– Oi . – Larissa sorriu gentilmente e para a minha surpresa... ela é tímida.
– Oi genteeee! – Ruki chegou e nós não o enxergamos de cara, mas quando ele veio em nossa direção conseguimos vê-lo. No nosso meio ele é mais conhecido como chibi ou ‘ pequeno grande homem’
– Oi Ruki. – ele foi tirando os óculos escuros.
– Nós temos muitas coisas pra contar pra vocês! Nós viajamos juntos... eu, Uruha e Larissa e poxa...
– Tudo bem... vamos nos sentar para almoçar e mesmo querendo ouvir muito sobre as férias de vocês temos algo muito importante para tratar. – Ruki ficou vermelho de raiva porque ele não gosta de ser interrompido, ainda mais por mim. – Alguém interessado como o Kai passou as férias?
– Eu tentei falar com ele mas o telefone só dava ocupado. – Uruha olhou para Ruki sem entender a situação.
– Nós falamos com ele no início das férias a quase um mês atrás e ele está muito mal falando sempre daquela tal de July. Vocês lembram? – Aoi foi me ajudando a contar a história.
– Eu lembro. – Ruki confirmou para continuarmos. – Só falava nela quando ficava bêbado. – todos riram.
– Enfim... – continuei – nós fomos ao Brasil para encontrá-las. Agora, elas estão em nossa casa aqui no Japão.
– O QUÊ???? COMO? – Uruha espantou-se. – Por quÊ?
– Nós queremos que o Kai encontre a July e resolva logo. – Aoi finalizou.
– Mas isso é perigoso. Nós só conhecemos o Kai, mas não sabemos nada sobre elas ... – Ruki interpelou.
– Olha, sabemos muito mais do que imagina... – eu e Aoi rimos – Os nomes delas são Priscilla, Carol e Julyanne. Priscilla é minha namorada. Carol é a namorada do Aoi. A July está esperando. Porém, junto com elas veio o Ricardo que está afim da July, mas já vinha planejando o que estamos planejando agora... o encontro entre o Kai e ela. É muito complicado. – acabei o discurso e todos estavam em choque, menos eu e Aoi.
– Deixa eu entender. – Ruki começou a contar nos dedos – Vocês planejam arrumar as coisas entre o Kai e a July, viajam para o Brasil, trazem elas para o Japão, namoram com duas delas, trazem um cara que resolve participar de tudo, falta algo? – neguei com a cabeça. – Onde vocês estão com a cabeça??? Vocês comem titica? Pararam para pensar na reação de todos?
– Bom, a July ainda pensa no Kai pelo o quê o Ricardo me disse. Ele consegue algumas informações. A Carol e a Priscilla são grandes amigas dela e nos ajudam em tudo e não sabem de nada.
– Vocês já pararam para pensar que elas podem pensar que vocês estão as usando? – Larissa resolveu entrar na conversa.
Uruha concordou com ela e nos olhou.
– Já pensamos, mas não podemos arriscar. – Aoi respondeu.
– Vocês estão preparados para perdê-las? – Larissa deu um tiro tão certeiro em meu coração que eu não consegui pensar em uma resposta. E agora? O que fazer?
– Não podemos arriscar. – eu finalizei.
– O que vocês fazem com elas não me interessa. Estou pensando no Kai. Então? – Ruki acabou com o clima chato.
– Temos que ver que dia que ele volta... elas vão ficar só mais uma semana e não temos nada planejado da parte dele.- Aoi conversava com eles enquanto eu caí nos meus pensamentos. Perdê-la?
– Reita? Acorda cara ! – Aoi me chamou a atenção.
– Fala...
– Tudo bem para você se na quarta-feira levarmos o kai para o estúdio? Aí vocês levam as meninas. – Uruha planejou tudo.
– Ok. Vamos almoçar já que está tudo resolvido. - meu astral baixou totalmente – Enquanto isso, vai nos contando as suas férias... – sorri falsamente. Perdê-la?
terça-feira...
Aoi POV
– Está tudo bem amor?? Você tem estado muito tenso ultimamente. – Carol estava a cada dia me conhecendo e eu me deleitando no seu amor, mas ainda passava na minha mente a pergunta da Larissa. Perdê-la? – Oi?
– Está tudo ótimo.
– Lembre-se que você prometeu que não ia mentir para mim. – eu sorri e a beijei. Eu estava mentindo.
Meu celular toca e é o Uruha.
– Vou atender na sala e já volto... é um integrante da banda. – a beijei e saí.

– Fala Uruha...
– Consegui cara! O kai já está no Japão e vai no estúdio às 17:30 hr, não se atrase. Vamos fazer tudo como o combinado. As vendas e tudo. – já tínhamos combinado tudo no almoço e agora era só colocar o plano em ação.
– Tudo bem. Combinado. Vou avisar ao Reita.
Desliguei o telefone e fui falar com o Reita, mas ele está no quarto com a Pri.

– Reita, posso falar com você um instante? – falei à porta do quarto dele.
– Espera aí que eu já vou! – Reita respondeu com dificuldade. – Fala... – ele saiu com um lençol enrolado na cintura.
– Antes de tudo. Você está aproveitando... não passa pela sua cabeça o que a Larissa nos disse? De perder. – Reita revelou-se triste.
– A pri já me perguntou se tem alguma coisa errada e eu quase não consegui esconder. Perdê-la para mim é o fim.
– A Carol também já me perguntou. Porém, boas notícias eu tenho para te dar.
– Diz aê...
– Está tudo certo para amanhã. – Reita abriu os olhos e me abraçou.
– Cara... não é por nada, mas você está de lençol me abraçando. – nós rimos.
quarta-feira...
Ricardo POV
Escutei um barulho na porta.
– Quem é?
– É o Aoi. – estranhei.
– Entra. – Abri a porta e gesticulei para ele entrar e sentar.
– Gostaria de falar com você sobre o plano para o encontro da July e do Kai hoje mais tarde.
– O quê? Vocês já planejaram tudo? – me espantei.
– Sim, e você vai saber de tudo agora. Escuta com atenção. – comecei a prestar atenção aonde eu ia entrar e o que eu ia fazer para tudo dar certo.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Traição tem Perdão (Cap.10)

Pri POV
Acordei e não havia ninguém em casa. A princípio não havia problema nisso a não ser quando percebi que July e Ricardo não estavam em casa. Isso sim é estranho.

July POV
- Bom, você sabe que eu não quero ninguém.
- Mas eu não trouxe você aqui para falar que eu te quero.
O café da manhã está bom, as coisas andam bem a não ser a companhia ilustre do Ricardo que me chamou para vir aqui no café Mania, originalmente brasileira, mas que chegou no Japão.
– Então diz aí o que você pretende me trazendo aqui. – não conseguia imaginar o Ricardo sem querer algo da minha parte.
– Vim falar sobre o Kai. – ele me olhou atencioso. – eu sei que você não gosta de falar dele, mas me pergunto se você ainda pensa nele e se fosse caso voltaria com ele.
– Bom, seria hipócrita se eu dissesse que não penso nele. Agora ... voltar? Não sei, ele me machucou muito e se você pensa que eu vou passar mal, não. CHEGA! Não vou mais sofrer por ele. Não pretendo dar mais uma chance a ele de me sacanear.
– Tudo bem, vamos tomar o café.
– Só isso que você queria saber? – estranhei.
– É . – ele sorriu.

Pri POV
Espero que esteja tudo bem. Vou até a geladeira que está abastecida, mas algo me chamou atenção um prato com panquecas com mel e um bilhete grudado em um palito de dente escrito : ‘ Propriedade da Priscilla Ass: Reita’
O lindinho lembrou de mim. Sorri internamente.
Peguei o prato, o leite e me sentei no balcão para comer.
Fico pensando em tudo que aconteceu conosco e sinto os meus olhos brilharem de tanta emoção. Além de estar completamente apaixonada pelo Reita e confiar nele, o que é ruim já que ele é homem.
A porta bateu.
– Oi amorzinho. – ele me agarrou por trás e sussurrou em meu ouvido.
–Onde você estava?
–Bom, alguém fez uma surpresinha para a sua amiga...e eu não preciso dizer quem,não é? Não pense que é a July...-ele sorriu
–A Carol?! Como? Por que não me falou antes? Como foi? – meu peito borbulhava de curiosidade.
–Calma,calma.Isso você vai ter que saber pela Carol,então... Ainda mais porque do almoço romântico e particular deles ela que vai ter que te contar.
–Ah! me conta um pouco! Odeio quando me deixam curiosa, muito curiosa.
–Não...eu tive que segurar vela por muito tempo e agora eu quero um pouco de atenção...sou muito carente meu amor...- ele beijou e mordeu a minha nuca, depois passou para o meu ombro...deslizou os dedos pelos meus braços,descendo as mãos para minhas coxas apertando-as de vez em quando, levou os seus lábios ate minha orelha e sussurrou:
– No meu quarto teremos privacidade...e a minha cama é bem macia, sei que você também acha...mostrou isso muito bem ontem a noite – ele riu e eu fingi que fiquei irritada, mas na verdade eu estava era gostando...e muito.
–Isso é coisa de se falar Reita? - fiquei séria e me virei para encará-lo.
– Eu sei o que você gosta - ele riu e me deu um longo beijo

– Ei ! Vai procurar um quarto de hotel! – o Ricardo chegou do nada e viu aquela cena toda.
– Concordo gente. – July entrou logo em seguida e eu estranhei.
– Por que? Vocês acabaram de sair de lá? – levantei do acento e agarrei o Reita com tudo.
Fui beijando-o lentamente e depois envolvi as minhas pernas na cintura dele e é claro que a coisa esquentou.
– Ai gente é sério... o quarto é logo ali. – July disse em um tom enojado.
Eu a olhei e pisquei pra ela. Eu peguei a mão do Reita e o guiei até o quarto.
Aoi Pov’– Aoi? Você me promete uma coisa?
– O quê? – a olhei curioso.
– Promete que não vai mentir para mim, ou seja, se estiver afim de outra menina me diz...
– Por que diz isso? – me espantei.
– Porque eu já vi muitas coisas acontecerem, já passamos muitas coisas e não quero mais homens acabando com os nossos sentimentos.
– Você pode ser minha namorada a um dia, mas eu te conheço a mais tempo. Pode ir me dizendo a verdade.
– É que antes de eu as conhecer eu já passei uma decepção com um garoto. Ele me traiu também e eu chorei por dias, emagreci e depois eu só aproveitei algumas ficadas, mas nada sério. – eu me surpreendi com a cara de pensativa dela. Aquilo deve tê-la afetado muito.
– Não se preocupe. – mesmo eu falando isso me preocupei com toda a situação que ia ocorrer com o Kai. Será que ela vai ficar chateada? Não quero perdê-la agora que a consegui. – Vamos aproveitar o almoço então. – sorri para acalmá-la.
– Tudo bem.