Traição tem Perdão (Cap.9)

Carol POV

Aoi saiu todo animado do quarto com a July e se trancou no quarto dele.
– O que houve July? – entrei no quarto toda enrolada com as malas.
– Nada não. Só tive uma idéia e resolvi falar com ele. – estranhei, mas está válido.
– Tudo bem. – sorri. – O que quer fazer hoje depois de 2 anos sem vir ao Japão?
– Bom, queria ficar aqui e descansar um pouco.
É. A viagem foi cansativa e concordei com ela de irmos descansar um pouco. Decidi dormir um pouco, descansar.


Pri POV

– Você é incrível. – Reita me mimava de todos os sentidos até com as palavras.
– Obrigada, mas não sou.
Eu o amo tanto que sinto que não sei o que fazer se ele me decepcionar. Nós temos passado muito tempo juntos desde que nos conhecemos, nos damos muito bem.
– Posso te pedir uma coisa? – estamos debaixo dos lençóis enrolados e nos olhando, nos amando.
– Pode. – beijei-o.
– Pode me ajudar a fazer uma surpresa para as meninas e para você, só que nesse caso preciso da sua ajuda. – ele estranhou o meu olhar duvidoso – É que o Aoi gosta muito da Carol e pensei em fazer um jantar em grupo para ele investir nela. Que tal ?
Eu gostei da idéia, mas será que a Carol iria gostar?
– Eu ajudo. – nos beijamos e fomos aprofundando para mais uma vez nos amarmos.
Reita POV
Eu fico vendo-a dormir e é algo tão lindo. Sinto-me mal de não contar para ela que as trouxemos aqui para a July falar novamente com o Kai, mas tem um problema nisso tudo... o Ricardo. Ele gosta da July e pode querer estragar tudo. Não estava planejado trazer ele também, mas não pude fazer nada. Levantei-me devagar da cama para não acordá-la. Vesti a calça dins e fui ao quarto do Ricardo. ‘ toc, toc’

– Posso entrar Ricardo?
– Pode !
Ele abriu a porta e fui logo me jogando na cama.
– Preciso falar com você. – procurei me manter sério . – É sobre a July.
– Aconteceu alguma coisa? – ele se jogou na cadeira.
– É. Você não sabe, mas não pode tentar ficar com a July.
– É, eu sei. Por isso quis trazê-la para o Japão. Preciso da sua ajuda. Estou procurando o Kai para eles resolverem tudo.
Minha cara está no chão com esse comentário. Ele planejara isso tudo como nós.
– Então– ele confirmou com a cabeça – Bom, eu e Aoi somos amigos do Kai e as trouxemos para o Japão para a July encontrar o Kai. Ele sente muita falta dela e está ficando depressivo. Vai me ajudar?
– Claro... Mas vocês não estão tentando ficar com as meninas se aproveitando disso não é? – eu não tinha pensado no impacto que isso ia causar nelas quando descobrissem.
– Elas não vão gostar nada quando descobrirem que foi interesse...
– Não.. eu amo a Pri, mas não tinha pensado nisso. - minha cabeça ficou confusa com a situação. Eu não poderia contar a Pri.
– Então acho melhor decidir logo o que fazer antes que a perda...

Saí do quarto e fui até o meu. Pri ainda está dormindo profundamente, linda. Deitei ao lado dela devagar não tirando os olhos do rosto manso que ela tem. A pele dela fica linda entre os lençóis brancos. Ao tocá-la é sedosa como seda.
– Está me paquerando?
Pri está acordada, mas eu não percebi. Os olhos dela são lindos e me mantém ligado a ela. Não suporto o fato de poder perdê-la.
– Estou olhando a garota linda que está na minha cama. – ela me olha e faz uma cara de dúvida.
– Uma garota que está na sua cama? – ela ficou chateada com o comentário.
– E que divide a minha vida... e que possui o meu coração. – a beijei profundamente com um pouco de culpa.
Não podia contar a ela, mas não quero perdê-la...
– Amor, a porta...
Foi quando eu percebi que estavam batendo na porta.
– Espera que eu já volto.
– Tudo bem, vou tomar um banho. – Pri se levantou ousadamente e foi até o banheiro.
Eu atendi a porta e quem mais poderia ser além de Aoi.
– Preciso da sua ajuda para conquistar a Carol. É genial.
– Ajudo, mas preciso falar com você antes ...
– Tá, mas vai me ajudar?
– Eu ajudo, mas me ouve. Você já parou para pensar o que pode acontecer se elas descobrirem que nós planejamos isso tudo e não avisamos a elas?
– Não... – ele me olhou com um ponto de interrogação na testa
– Elas vão ficar chateadas. –não gostei disso em nada, mas é a realidade.
– O que faremos? Contamos a Carol e a Priscilla?
Aoi me olhou, se questionou.
– Depois que você me ajudar pensamos nisso, ok? Mas até agora eu só penso que é melhor não. Fazendo isso estragamos tudo...

***
Carol POV

Já estamos no Japão faz 1 semana e as coisas passaram muito rápido. No primeiro dia os meninos fizeram um lindo jantar com Karaokê que é bem famoso por aqui. Já fizemos tantas coisas que penso ‘o que faremos hoje?’. Eles me deram total liberdade dentro da casa deles e nos levaram para vários lugares. O estranho é que não ouvimos eles falarem da banda.Bom, acho melhor tomar o meu café aqui tranquila na bancada da cozinha. Só pude rir de mim mesma.
– Bom dia Carol! – Reita entrou na cozinha bem mais feliz do que o normal.
– Bom dia... – minha desanimação foi estranha até para mim. Afinal, tinha me divertido tanto, mas ainda me sentia sozinha. O Aoi ficou meio distante de mim todo esse tempo e estou preocupada.
– Nossa, que animação. Gostaria de te fazer um convite individual nessa manhã. Posso? – ele sorriu e pegou as minhas duas mãos. Eu confirmei com a cabeça. – Gostaria que fosse até centro da cidade comigo, só eu e você. Aceita? Tem um parque lindo lá. – o sorriso dele é tão contagiante que não pude recusar. Ele está muito diferente desde que conheceu a Priscilla, mais animado. – Então vá se arrumar. Está esperando o que?
Eu devolvi o sorriso e fui me arrumar. Está um pouco frio então eu peguei uma meia calça preta, minha saia de pregas amarela, uma blusa de gola em ‘V’ de meia manga preta e minhas botas. Aproveitei para botar um cachecol amarelo para combinar. Com uma boina estilo francesa preta e luvas pretas. Gostei.
– Vamos? – Reita me deu o braço para eu apoiar.
– Vamos.
Saímos porta afora.
– Vamos de metrô.
– Metrô? Por quê? – ele sorriu – Tudo bem vamos de metrô. – concordei.
Entramos no metrô e ele manteve o silêncio por todo o percurso.
Chegamos até a plataforma e o metrô se aproximou. Estranhamente todos os vagões estão vazios, menos o da nossa frente, com uma pessoa. Quando as portas se abriram foi que eu percebi que ele estava com uma rosa na boca tocando uma melodia linda no violão, na minha direção. Do nada as pessoas a minha volta começaram a dançar e cantar como um musical. Eu fiquei sem entender. Reita pegou a minha mão e entramos no vagão junto com todas as pessoas. Ele me sentou e começou a cantar para mim. Quando chegamos a próxima estação, Aoi entrou com outro violão e começou a fazer a base enquanto o anterior foi para trás dele e foi fazendo solos. Tudo muito lindo, só pude começar a chorar. Toda aquela situação foi armada pelo Aoi para mim. Reita estava fazendo a segunda voz do Aoi . As outras pessoas começaram a dançar em volta dele. Aoi está com olhos fixos em mim, tão gentis e brilhantes quanto qualquer pessoa já pode olhar para mim, são reluzentes, cintilantes. Eu não consegui me desviar em nenhum momento dos olhos deles e quando acordei ele tinha parado de tocar e estava na minha frente ajoelhado.
- Carol. Eu te amo.Não sei mais o que posso fazer para te mostrar isso.
– Não precisa mostrar mais nada. – não aguentei e em um impulso o beijei ali mesmo, na frente de todos.
Um beijo apaixonado e envolvente. Mais envolvente do que o beijo na piscina. Foi ali que eu percebi que ele é o homem da minha vida.
Reita começou a aplaudir junto com as outras pessoas. Aoi pegou a minha mão e me levantou.
– Você quer namorar comigo? – eu chorei e o abracei. Com um sussurro eu só pude responder:
– É claro.
Achei incrível. Lindo! Não resisti.
O metrô parou e me pegando no colo saímos do vagão. Ele me pôs no chão de frente para ele, segurou o meu rosto com as duas mão levemente e me beijou devagar e apaixonadamente. Nisso senti levemente dizendo algo como ‘minha namorada’ em meus lábios.
– Pronta para almoçar? – ele sorriu, mas a minha cara foi de desaprovação. – O que foi?
– Você me chama para almoçar com essa roupa? Estou ridícula e mal vestida para jantar com você à noite no Japão! – respirou aliviado.
– Pensei que fosse outra coisa. Você está linda para mim. – é... o homem da minha vida. – Melhor. Já que não está se sentindo bem, vamos em casa e você troca de roupa. Veste o presente que eu comprei para você.
– Para mim? Não precisava.
– Eu sei que você não gosta que comprem coisas para você, enfim... mas eu faço questão.
Consegue até me convencer com simples palavras. Tão sincero.
– Está bem.
Demos as mãos e saímos da estação onde eu surpresa, entrei no carro dele.

Traição tem perdão (cap 8)

1 mês depois...

– Vocês pegaram tudo meninas? – perguntei a todas.
Vamos passar 2 meses no Japão. Vamos pegar o vôo no avião particular do Reita e do Aoi e iremos até os Estados Unidos para ir para o Japão. Em seguida, vamos pousar e pegar um carro que os meninos reservaram para nos levar separadamente até a casa deles, onde ficaríamos hospedadas. Na listagem vão: Eu, Ricardo, Reita, Aoi, Priscilla e July.
– Só falta pegar o meu namorado. – Pri falou e July resmungou alguma coisa, algo como ‘ Aff’. – Esqueci uma coisa ! – Priscilla correu para o quarto dela.
Corríamos verificando tudo enquanto esperamos o Ricardo chegar e os meninos baterem aqui. Marcamos 8 horas aqui. Bom, pelo o que eu aprendi o Reita e o Aoi são meninos muito cuidadosos com a sua aparência e isso requer um pouco mais de tempo.

‘ Beeeeeeem ... ‘

A campainha toca nas piores horas.
Como eu imaginei, Ricardo.
– Chegando com 10 minutos de antecedência. Muito bom – ri com esse comentário.
– Pois é. Não gosto de furar horário.
Ele está bem vestido. Calça jeans, blusa de botões branca de meia manga com detalhes pretos e tênis allstar.
Depois de um mês aprendi a desapegar do Ricardo e me apegar muito mais ao Aoi. Eu conseguia me abrir com o Aoi, me sentia bem ao lado dele. Depois daquele dia que me senti mal eu vim evitando ele, mas passei a conhecê-lo melhor.
Quando parei de viajar em meus pensamentos percebi que os meninos estavam chegando. Ricardo estava comigo na porta...
– Oi Carol.
– Oi Aoi.
– Oi Carol.
–Oi Reita. A Pri está lá encima. Pode ajudá-la a se apressar? – fiz um olhar malicioso.
– Claro. – ele subiu correndo as escadas.
– Então meninos, prontos para uma aventura no Japão? – sorri. Estou muito melhor, depois que passei a dividir as coisas com o Aoi.
– Vamos lá. – Aoi estava ansioso com essa viajem e Reita também. Eles devem estar ansiosos porque vamos conhecer a casa deles...
Chamei todo mundo. Priscilla recebeu a ajuda do Reita que desceu com as suas malonas. July recebeu a ajuda do Ricardo e as minhas já estavam na entrada, sou muito pontual. Encontramo-nos na entrada e tranquei a porta.
– Todos preparados pra partirmos? – perguntei com ousadia.
– Sim, senhora. – Aoi zombou e todos riram.

Os meninos alugaram 2 carros pretos e bonitos.
Com o tempo que fomos nos conhecendo descobrimos que eles são membros de uma banda famosa do Japão, mas que é pouco conhecida no exterior. Bom, sabemos que são ricos. Queria saber mais, mas eles não disseram nem o nome da banda, com a desculpa de que estão de férias da banda. Enfim, a casa deles é bonita, com um estúdio de som próprio, com guitarras. Agora, esses carros.

– Reita, para quê alugar carros? – Pri perguntou dando um selinho nele.
– Para o nosso conforto. – ele riu para todos – rumo ao Japão gente!

Foram Reita, Pri, July e Ricardo em um carro e eu e Aoi no outro com o restante da bagagem. Não foi à toa que alugaram dois carros...
Sentirei saudades do Brasil, do Rio para ser mais exata, mas sei que está tudo resolvido. Estou tirando férias do trabalho. A July está animada com a viajem.

– Está dormindo antes de embarcarmos? – Aoi me tirou de um transe.
– É que muita coisa mudou desde o dia que resolvemos fazer uma loucura... nossa vida estava monótona e a July sofrendo, mas agora ela está feliz, conhecemos vocês... é ...
– Eu entendo. Muita coisa ainda vai mudar. – eu o olhei e ele se aproximou me olhando fundo nos olhos. Eu não consegui tirar os olhos dele. Ele foi se aproximando devagar dos meus lábios e eu não sabia o que fazer. Já queria aquilo, mas estava com medo de arriscar. Eu fui me aproximando também...
– Chegamos... – ele disse cortando o momento.
Chegamos ao aeroporto e fomos direto para onde o avião estava nos esperando... Só precisamos esperar o Aoi e o Reita mostrar a carteira de identidade.
Todos estavam rindo e brincando. Animados...

***

Depois de três dias de viajem desembarcamos no Japão. A cidade de Tóquio é linda com muitas luzes e a noite ajuda. Deslumbrante...
– Gente é lindo ! – Pri se deslumbrou com a cidade que nunca tínhamos visitado.
– Concordo... – ainda estava pasma com as luzes e o incrível aeroporto.
– Pessoal... preciso falar com vocês um instante. – Reita chamou nossa atenção. – provavelmente quando formos desembarcar lá na estação uma grande quantidade de ... – ele oscilou – só peço que vocês fiquem junto com a gente. Os seguranças vão ajudar.
– Seguranças? – só pude perguntar.
– É. Lembra quando dissemos que a nossa banda é famosa aqui, mas não muito no exterior? Bom ela é muito famosa aqui... no exterior é variável porque é um estilo bem diferente, mas mesmo assim. – ele olhou para a Pri e deu um sorriso.
– Você quis dizer um bando de meninas não é? – ela respondeu com raiva.
– É. Elas não sabem que eu estou namorando... não saiu no jornal ainda. – ele riu.
– Muito engraçadinho...
Bom, estávamos com caras super famosos e não tínhamos nos tocado disso.

O avião parou e passamos pelo túnel para o portão de desembarque.
– E as nossas coisas? – July perguntou e com razão. Pegávamos, normalmente antes de sairmos... então...
– Não se preocupe, vão levá-las direto para o meu apartamento. – Reita não tinha se tocado de que não tínhamos idéia do que ia acontecer.
– Tudo bem então. – fiz cara de confusa e Aoi veio me confortar me abraçando. Ele se achegou carinhosamente no meu ouvido e em um tom sedutor disse:
– Eu quero que elas vejam que você já é dona do meu coração... – por isso ele me abraçou e eu deixei. Também senti um pouco de ciúme dele.
Reita nos parou antes de sairmos pelo portão e deu um sermão.
– Primeiro, se juntem. Segundo, não parem para tirar fotos nem nada. Terceiro, não importa o que aconteça não parem... digo isso por mim. Quarto, não conversem. Bom, acho que só. Alguma pergunta?
– Sim. Por que você não me avisou antes que isso ia acontecer? Assim, eu poderia me arrumar melhor. – July perguntou bem... digo até por mim.
– Vocês estão maravilhosas. – Aoi naquele tom risonho e sedutor disse.
– Agora vamos...
Reita abraçou a Priscilla pela cintura. Aoi ficou bem ao meu lado, quase pegando na minha mão. July ficou ao lado do Ricardo.
Aoi fez um sinal para os seguranças e eles abriram o portão.
Eu não pude evitar uma cara de boba... tinham seguranças, mulheres gritando,flash’s. A equipe da banda botou faixas para separar a nossa passagem dos... fãs?!?!?! Reita parou, olhou para a Priscilla e deu um beijão na frente de todos. Aoi continuou andando conosco... Por isso ele tinha dito que acontecesse o que acontecesse éramos para continuar andando... Priscilla corou e eles seguiram atrás de nós. Quando entramos no carro conseguimos respirar.
July POV

– O que foi isso??? – eu não acreditei. Muita gente esperando eles... e não eram a banda inteira
– Eu avisei. – Reita realmente avisou e ainda deu um show, - Agora vai aparecer no jornal amanhã. – beijou a Pri
Eu estou me divertindo. O que não é normal.
– Vamos então... - Reita fez sinal para o motorista e partimos.
– Carol... por que você está tão quieta? – perguntei separadamente para a Carol que estava sentada ao meu lado. Todos estavam conversando se divertindo e Carol estava quieta, aflita. Ela olhou devagar para o Aoi que estava sentado do outro lado no carro.
– É que você sabe que eu não gosto de mudanças não é? – afirmei com a cabeça – E o Aoi é a mudança. Eu gosto dele, mas estou com medo de arriscar.
– Por quê? Logo você Carol? Que naquele dia quis fazer uma loucura? Você mudou muito... está mais quieta brincando menos, amadureceu. – é, ela tinha amadurecido muito e nunca imaginaria isso acontecendo.
– Eu não sei do que eu tenho medo. Antes reclamava que não tinha ninguém e agora que apareceu alguém que mexe comigo eu não quero. – ela se entristeceu e finalizou – Ele é muito bom para mim.
– Onde está a sua auto-estima? – Carol sempre foi a mais ousada, mas dessa vez é a minha vez.
– Aoi... – ele me olhou - depois que formos para a casa do Reita. Vamos ficar lá não é? – ele confirmou com a cabeça – quero falar com você em particular. Pode ser?
– Tudo bem – ele sorriu amigavelmente.
– O que você está fazendo July? – sussurrou ... agora é a Carol que não está satisfeita.
– Te ajudando... Assim como você me ajudou no dia da boate. – olhei para a janela ignorando-a... ela resmungou algo e eu não pude evitar um risinho debochado.
Aoi POV

Chegamos ao apartamento e fomos logo nos instalando... Eu e o Reita moramos juntos, então temos 4 quartos. Um meu, um dele e 2 de hóspedes.
– Priscilla dorme no meu quarto. July dorme em um quarto de hóspedes com a Carol e o Ricardo dorme no outro. O Aoi dorme no quarto dele. – Reita foi logo ditando os lugares. As malas já estavam postas dentro de casa como de costume e todos foram se ajeitando.
– Eu te ajudo July. – peguei a mala da July e fui levando-a para o quarto dela, fechei a porta. – Então, me diz o que você quer falar comigo.
– Vamos sentar. – nos sentamos na cama e ela começou. – Se você insistir, fizer algo muito bonito por ela, não tem jeito, ela vai ficar com você. Ela gosta muito de você, diria até que te ama.
Fiquei pensando em loucuras... mas o quê?
– Entendi. O quê? – não conseguia pensar em nada.
– Algo que a deixe balançada e que seja em público... – começou a sonhar como se fosse para ela. – eu gostaria de algo assim.
– Já pensei em alguma coisa... – as imagens se formavam na minha mente.
– O que vai fazer? – me levantei
– Você vai saber.
Saí do quarto, entrei no meu e tranquei a porta... deixei todos olhando para mim, mas não queria ser incomodado. Estava planejando o que ia fazer para a Carol.

Traição tem perdão Cap 7

Carol POV
Acordei. Provavelmente, a primeira. Depois de tudo que aconteceu ontem eu só pude subir e ir me deitar. Eu estava ficando dramática que nem a July e não gosto disso. O Aoi me seduzir daquele jeito me deixou balançada, mas não quis arriscar ... não vai comigo. Ainda mais quando eu, na verdade, gosto do Ricardo, ou pelo menos acho que ainda gosto. Sentei na beirada da cama e passei a mão no rosto. Estou me sentindo fraca já que não jantei ontem.
Levantei-me, fui até o banheiro e lavei o rosto. Estou cansada e mais tarde pretendo trabalhar.
Descendo as escadas é que percebi o quanto eu estou fraca. Estou tonta. Cheguei à cozinha e Pri já estava lá com o Reita... provavelmente dormiu aqui, outra vez.
– Bom dia. Como você está pálida... está tudo bem ? – Pelo visto a minha cara estava pior do que eu pensava para ela me dizer isso.
– É mesmo... – Reita confirmou.
– Não estou me sentindo muito bem, mas é só fraqueza por não ter jantado ontem. – suspeitei.
- Nem brinca amiga. – Pri se aproximou e botou a mão em meu pescoço onde eu recuei... a mão dela estava gelada ... além de pálida e tonta eu estou com febre. Era só o que me faltava.
– Você anda sobrecarregada? – como assim? Isso não podem ser sintomas por estar sobrecarregada.
– Não. – eu sorri – é fome gente, pode deixar. – fui até a bancada e peguei um gole de café que ao botar na boca não me fez bem e desisti.
– Você não está bem Carol... Vá se deitar que eu vou levar algumas coisas para você comer. – eu estou bem...não preciso disso tudo.
– Pode deixar que eu vou me mexendo e melhora...eu tenho que trabalhar ainda hoje. – finalizei.
Eles me olharam sem entender e saíram da cozinha. Ela deve ter ido para a casa dele, suspeitei. Eu fui até a geladeira pegar o leite, mas minhas pernas cederam no meio do caminho e eu caí. Resolvi ficar ali mesmo me analisando... é, eu não estava bem.
Aoi entrou na cozinha e correu em minha direção.
– Carol... – ele me pegou no colo...
Ricardo estava indo para a cozinha e nos encontrou no início da escada.
– O que houve com a Carol?
– Eu não sei, a encontrei caída na cozinha.
Aoi me botou na minha cama e Ricardo subiu também.
– Eu vou chamar a Pri ... – Ricardo saiu do quarto.
– Eu vou cuidar de você. – Aoi foi no banheiro e voltou com uma toalha de mão úmida e colocou na minha testa... senti um arrepio.
– Eu não posso ficar. Tenho que trabalhar. – esforcei-me para sentar na beirada da cama. Ele não me impediu. Sentou ao meu lado...
– Ainda acha que pode ir trabalhar? Afinal, com o que você trabalha?
– Eu trabalho como executiva em uma empresa musical... eu trabalho na parte de gravação. – resolvi deitar e me joguei para trás.
– Gosta de música?
– Gosto muito... se eu soubesse tinha feito faculdade de música. – nessas horas é que eu penso em voltar no tempo.
– Eu toco guitarra. – ele deitou ao meu lado e sorriu para mim, mexendo nos meus cabelos. É o meu ponto fraco, sempre gostei.
– Quer que eu vá trabalhar no seu lugar hoje?
– Não, Não! Não precisa... pode deixar... eu vou trabalhar. – insisti.
– Se você tivesse em condições de trabalhar a sua voz não falhava agora... você está fraca... descansa. – ele me convenceu. Eu gostaria que você ficasse e tomasse conta de mim... corei com a idéia.
– O que houve? Estou te incomodando? – ele me olhou aflito.
– Não... é que eu queria que você ... – fechei os olhos, não podia pedir-lhe isso.
– Diz... – ele insistiu. Comecei a pensar no que iria dizer, sinto que ele é uma pessoa que me entende.
– Queria que você ficasse aqui comigo... – olhei para ele que ainda alisava o meu cabelo.
– Eu fico... – ele sorriu para mim. – adoraria.
– A Priscilla e a July saíram ... – Ricardo deve ter se espantado com aquela cena... eu e Aoi estávamos frente a frente deitados na cama – ops, desculpa. – é só para avisar que estou saindo. – me levantei com esforço e fui em sua direção.
– Eu te acompanho até a porta. – senti o meu estômago revirar e cedi ao desejo do meu corpo e caí de joelhos chorando de dor. Aoi se levantou e se ajoelhou ao meu lado.
– Deixa que eu o levo. – Aoi me ajudou a levantar e me colocou na cama onde caí no sono... só pude sentir um beijo na testa.

Aoi POV

– Ricardo. Eu posso falar com você um instante antes de você ir?
– Diz aí. – fomos indo em direção a sala e nos sentamos. O jeito dele é meio elegante e desleixado, imaturo.
– Você e Carol se conhecem há um tempo já, não é? – o olhei com bastante atenção. Será que ele sabia que a Carol gostava dele?
– É. – ele sorriu para mim – sempre gostei muito dela. Sempre foi muito esforçada e compreensiva. Sempre me ouvindo. Quem não a conhece diz até que ela quer mais que amizade ...
– É verdade. – confirmei lhe dizendo a minha hipótese que eu sabia que era verídica.
– Tenho que lhe dizer que até eu já pensei nisso. Porém, ela aceitou muito bem eu gostar da July. – pelo visto ele não a conhece tão bem assim... – Mas por que você quer saber?
– Nada não. É que eu também pensei na possibilidade dela gostar de você. Sabe, eu gosto muito dela e vejo futuro com nós dois. – sorri abertamente. Ele não sabia a chance que estava perdendo com uma garota tão linda e gentil.
– Ok.Vou embora. Você avisa a Carol que está decidido que iremos ao Japão daqui a exatamente um mês... nos encontraremos aqui.
– Aliás. Como vamos... em que cidade ficaremos?
– Bom, vamos em meu jato para a cidade de Osaka. - droga.
– Olha, podemos ir no meu avião porque aí vocês podem ficar hospedados na nossa casa e conhecer outros lugares, seremos seus guias. – sorri para ele não desconfiar que havia algo por trás.
– É, o Reita viu essa possibilidade, mas ficou a critério da Carol. A Priscilla disse que quem decide essas coisas normalmente é a Carol.
– Tudo bem. – nos levantamos e fomos indo até a porta.
– Fala com a Carol que entrarei em contato.
– Eu falo. – fechei a porta – Como ele não sacou que a Carol sempre gostou dele? – estranhei.

Subi as escadas, peguei meu celular.
– Alô Priscilla?
– Oi. Fala Aoi.
– Carol está passando mal...Estou cuidando dela.
– Tenho certeza que ela está em boas mãos. Já estamos indo. Beijos.
– Beijos.

Entrei no quarto e me deitei ao lado dela vendo-a dormir. É tão doce, tão puro. Tão tranqüilo. Não é a toa que eu me apaixonei por ela perdidamente, mas ela não quer, mas não desisto fácil.
Fui molhando a toalha e passando em sua testa para fazer a febre baixar.

Carol POV

Acordei e vi Aoi ao meu lado alisando os meus cabelos com os olhos fundos e perdidos em mim.
– Que bom que está melhorando.
– Que bom que tenho alguém para cuidar de mim. – ele pegou a minha mão e a beijou com muito carinho e ficamos lá nos encarando por um tempo.
– As meninas estão vindo.
– Elas podem vir, mas quero você aqui comigo. – ele fez uma feição de aflição. Também faria no lugar dele. Não sabia porque queria tanto ele ao meu lado.
– Não vai pegar bem para o Ricardo eu com você.

Tinha me esquecido do Ricardo. Já não sei mais o que sinto por ele, depois que o Aoi chegou muita coisa mudou... desde o dia da boate muita coisa mudou.
– Não ligo mais para o que o Ricardo acha. – me emburrei.
No dia em que fomos para a boate lutei para não dizer o nome dele e fingir que não sentia nada, que não pensava nele, que não me importava.

* Flash back on *

–Podemos ir na boate Marble Hell , no centro, e falar com aquele garoto... Qual o nome dele?...- eu sabia o nome dele, é meu amigo... porém parecer que não me importo faz com que não percebam o que sinto por ele.
– Ricardo... – July revirou os olhos. Faz 4 anos que eu gosto dele e 3 anos que ele está afim da July.

– Isso! Ele gosta de você não é? Ele pode nos fazer entrar de graça ! – meus olhos brilharam fingidamente. - Faz tempo que não vamos gente ... . A loucura é você beijá-lo July ! – eu ri forçado... Ele gostava dela e mereciam ser felizes. Não era eu que ia impedir.

* Flash back off*

Ficamos em silêncio nos olhando, nos analisando.
– Me diz como você conseguiu fazer com que eu me apaixonasse por você? - ele estava falando sério? – O único problema é que você se preocupa demais com outros e se esquece de você.
Os lábios dele mexiam com perfeição me enfeitiçando. Eu estava aprendendo com ele e ao mesmo tempo, me apaixonando por ele. Porém, não estava pronta para ceder, ainda não. Tenho certeza que muita coisa vai acontecer aqui e no Japão.
– O Ricardo disse que vai te ligar para decidir com que avião nós vamos e para qual casa. Vamos viajar daqui a um mês. – quebrou o silêncio.
– Pode deixar.

Ainda tinha que falar com as garotas... é bom mudarmos um pouco.

To be continue... 

Traição tem perdão Cap 6

Carol pov
Me olhando no espelho é que me dei conta que tinha borrado toda a maquiagem.
– Carol! O que houve? - Priscilla já tinha chegado e eu não tinha condições de descer... por causa dessa bobagem.
– Entra. - gritei.
Ela arregalou os olhos quando me viu sair do espelho , na minha penteadeira, com a cara toda borrada e me jogar na cama.
– Nunca te vi assim amiga...
– Há uma primeira vez para tudo... - bufei.
– É por causa do Ricardo? –encarei com espanto...
– C-Como...Você sabe?
– Eu percebi amiga... é muito claro para mim . Eu te conheço não é? - ela riu me alegrando...
– Não queria que isso atrapalhasse a July... Não é meu gostar de alguém. É só uma coisa boba... Vamos descer- Me levantei, me maquiei novamente , enquanto isso Pri falava...
– Você também tem o direito de ser feliz... Por que não arriscar com o Ricardo? Tenta... diz para ele o que você sente.
– Não tenho coragem .. é idiotice... Tá... não quero falar sobre isso.. vamos descer.
A Pri me olhou mas não disse nada. Fomos descendo e cada vez mais meu estômago foi revirando... quando cheguei na porta da sala, me virei e fui para cozinha. Priscilla não reclamou e foi para a sala... só escutei um..
– Cadê o Reita? - Priscilla não desgrudava dele depois de tudo que aconteceu.
Entrei na cozinha..
– Reita? - ele estava sentado encima da bancada da cozinha - que susto.
– Por quê? - ele sorria para mim. Podia vê-lo como um amigo mesmo não o conhecendo direito.- O que houve com você?
– Nada... - fui até a panela. No meio do caminho ele desceu da bancada e me parou.
– Essa da panela já é velha. Preciso falar com você. - estranhei.
– Aconteceu alguma coisa entre você e a Priscilla? - levantei a sobrancelha.
– Não. Queria saber o que o Ricardo quer levando vocês ao Japão? - desconfiei demais com a pergunta enquanto ele continuava lá parado, sem mudar de feição.
– Bom, ele ama a July. Diz ele, que voltar ao Japão fará bem a ela, já que ela sempre amou ir ao Japão. Porém, depois que um ex-namorado terminou com ela, nunca mais quis saber do Japão. Temos amigos lá, casa, mas ela não quer saber. – estranhei o olhar de Reita quando eu disse ex-namorado, mas tudo bem...
– Foi tão grave assim? A ponto de ela não querer voltar para o lugar preferido dela?
– É. – ele me parecia muito curioso... isso me incomoda um pouco. Afinal, não gosto de falar sobre a vida da July. – Agora... eu preciso ir para a sala. – me ajeitei e saí da cozinha. Reita não me impediu.

Cheguei na sala, parei na porta e vi Ricardo sentado no sofá ao lado da July, enquanto um tal de Aoi estava ao lado da Priscilla, eles perguntavam do Japão, provavelmente para fascinar July e estava funcionando. Enquanto olhava, Reita passou por mim e foi se sentar ao lado da Priscilla, mantendo-a ao lado do Aoi.
Ele é muito bonito com uma aparência estonteante, com um sorriso nem tão sério, mas nem tão contagiante. Sabia se portar, parecia muito sério e bastante determinado. Me lembra um pouco o Kai. Japonês para mim é tudo igual hahah ‘

– Entra CAROL! – July me chamou e foi aí que acordei.
– Não se preocupe, não tem lu...
– sente-se aqui, por favor. – quando olhei, Aoi estava em pé, me olhando e oferecendo o lugar para me sentar ... demorei a entender...
– Ah , não precisa... está tudo bem. – comecei a rir e ir me virando devagar...
– Você vai para a cozinha outra vez? – dessa vez foi o Reita.
– Vou... Por quê? – encarei com raiva aqueles olhos acima daquela faixa estranha no nariz... podia até perder o foco ... eram ponto... não olhos.
– É Carol, você só vive na cozinha ... senta aê. Deixa que eu termino de arrumar as coisas. – Priscilla se levantou.
– Já está tudo arrumado. – Reita parou-a e sorriu. – Ela é muito versátil, só vai lá para verificar. Não se preocupe... Aoi, pode ir ajudá-la? – o Reita riu para ele que devolveu o riso e se levantou.
–Tudo bem – aaaaaaaaaah não !
Fomos andando até a cozinha e quando chegamos lá, ele sentou no balcão, igualzinho ao Reita. Depois dizem que japonês não é tudo igual. Quando me dei conta bati de frente com ele, encima do balcão, porém virado para meu lado. Os olhos dele eram negros, parecidos com o do Reita, só que mais expressivos.
– Não precisa de ajuda na cozinha não é? - estranhei ele ter falado isso.
– Não preciso... - olhei séria. Ou pelo menos tentei... não quero babar. Ele é lindo.
– Mas precisa de ajuda aqui não é? - ele fez carinho na minha cabeça...
– Co-co-co-mo você...? é? pe-pe-nsou? é? não. -ele riu tão alto que acho que as pessoas na sala ouviram.
Ele era descontraído, bonito, gracioso, estilo J-rock igualzinho o reita.. Cabelos mais bonitos que o meu.
– Não vai dizer nada? Só vai ficar aí me olhando? - foi aí que me dei conta que eu estava o analisando... olhando descaradamente...
– Não, eu vou... verificar a mesa... - peguei a panela.
Ele desceu do balcão, me prensou no balcão ao lado do fogão e tirou a panela da minha mão...
– Tenho certeza que está tudo perfeito. - ele estava sério. - Vem comigo - ele pegou a minha mão gentilmente e foi me levando pela porta da cozinha para os fundos da casa onde fica o jardim com a nossa piscina.
Ele foi até a piscina e nos sentamos na borda, com os pés na água.
– Precisa relaxar... - disse olhando para a água.
– É... ando meio preocupada com tudo.. - por que estou me abrindo com ele?
– Pode dizer, sinto que tem muita coisa cheia aí. - ele riu discretamente, mas ainda olhava para seus pés, traçando ondas na água.
– Eu fico preocupada com a Priscilla, porque ela sempre foi muito afobada, sempre gostou de vários garotos e ela ficar com Reita para mim é incrível, porque sinto que posso confiar nele, mas eles vão fazer 2 dias de namoro. Espero que tudo isso não quebre o coração dos dois. Também, tem a July, que se falar o nome do ex-namorado perto dela, começar a passar mal, se chatear e eu tenho cuidar dela. Não que a Pri não cuide, ela ajuda, mas na maior parte do tempo sou eu. A escola dela prescreveu um psicólogo, mas ela não quer. Depois vem o Ricardo, ele gosta muito da July e faz tudo por ela, mas ela não o quer... sinto como se tivesse me aproveitando dele...
– Espera aê... calma. Você está muito mais sobrecarregada do que eu imaginava. Confia muito mais em mim do que imaginava. Quer relaxar? - fiquei sem graça, senti minha bochechas arderem.
– Te proponho algo. - ele se levantou, tirou a calça preta com correntes bem sutis, tirou a blusa azul, tirou a jaqueta preta de couro e pulou na água.. de-de-de cueca.... - você não vem ? - como assim? um desconhecido, mas ... ok
Me levantei, tirei meu vestido e fiquei com o meu conjunto de calçinha e sutiã rosa escuro. Ajeitei o cabelo, tirei os acessórios e olhei para ele corando de vergonha. - Nossa hein... não dava pra ver isso por trás daquele vestido. - eu fiquei bem mais vermelha com aquele comentário.
A escada da piscina era como uma escada normal ela ia ficando cada vez mais funda. A piscina tinha um lindo formato de uma eclipse deformada.. foi um dos motivos para comprar essa casa.
Fui descendo as escadas e quando o meu pé tocou na água me arrepiei... a água estava quente, mas não tinha coragem para entrar ... não sei porquê.
Aoi foi subindo as escadas indo na minha direção, com aquele corpo de babar e me abraçou. Eu sou um palmo e meio mais baixa que ele. Apoiou a testa na minha, me abraçando com aquele corpo todo molhado, me deixando arrepiada de frio....
– Não precisa ficar com medo... faça uma loucura hoje.. esquece tudo quando entrar na piscina, até como você é. - eu olhei fundo nos olhos dele e parecia determinada. Ele me pegou no colo, eu envolvi as minhas pernas em volta da cintura dele e fechei os olhos. Senti a água subir as linhas do meu corpo enquanto descíamos e senti meu corpo arrepiar mais ainda. O coração dele batia um pouco descompassado como se tivesse concentrado em mim e quando abri os olhos já estávamos na água. Ele ainda me segurava.
– Obrigada. - sinto que estava me apaixonando por ele...
Nos olhamos por um bom tempo. Eu não conseguia pensar em mais nada, só conseguia olhar para ele. Quando um de nós dois desistimos... eu o apertei contra o meu corpo e fui beijando a bochecha dele, ele fechou os olhos. Beijei o canto da boca quando finalmente eu beijei os lábios dele devagar.
Eu podia estar errando... eu o soltei e saí da água.
– Espera... - não parei para vê-lo apenas, peguei as minhas roupas e entrei. Fui para o quarto e deitei.
Aoi POV

Fiquei sozinho na piscina. Ela é muito certinha, centrada. Já eu estou aqui apaixonado... Acho melhor sair da piscina e ir para a sala. Peguei minhas roupas, me sequei com a toalha que achei numa casinha ao lado da piscina e vesti as minhas roupas... Fui secando o meu cabelo, entrei na casa fui a sala de jantar onde tinha uma mesa enorme... todos me olharam.
– o que foi?
– Tomou banho ? Cadê a Carol? - July perguntou.
– A piscina de vocês é gostosa e a Carol entrou. - fiquei meio sem graça... - vamos comer.

To be continue...

Traição tem perdão cap 5

CAROL POVBem acordei primeiro que todas como sempre,fui até a cozinha,preparei café e me sentei. Meia hora depois me aparece o Reita.

–Ué você dormiu aqui?

–Foi com vocÊ não se lembra?rsrsrsr

–Haha muito engraçado,bom dia pra você também . - me irritei.

–Bom dia gente ! - a Pri apareceu.

–Bom dia,que milagre é esse saindo da cama a essa hora da manhã?

–Foi ele que me acordou.Ele acha que se não conseguiu dormir até tarde,ninguém tem o direito de acordar tarde. - ele está fazendo milagres nessa casa.

–Eu nem dormi direito,né? - desconfiei...

–E posso saber porque não? - se curiosidade matasse...

–Amiga acho melhor não saber de nada - Pri o beijou

–Saber do que? - aparece a July do nada.Reita você por aqui a essa hora da manhã?Aconteceu alguma coisa para estar aqui tão cedo?

–Bem, estou aqui desde ontem.E não vou contar o que aconteceu nessa madrugada suas fofoqueiras,mas deixo vocês 3 irem num cantinho fofocar sem eu saber rs - é isso que ele pensa de nós haha ele não sabe de nada.

–Eu não vou dizer nada. isso só desrespeito a mim e ao Reita então não adianta me olharem com essa cara de pidão. Vou tomar banho!

Ela pegou uma fruta deu um beijo no Reita e subiu correndo e o Reita foi em seguida. Deu pra ouvir ela gritando ‘sai,me solta e rindo muito’ .Ela se trancou em algum lugar porque ele ficava pedindo pra ela abrir a porta senão iria arrombar,mais isso não é da minha conta. Bem, até destruírem alguma coisa se continuarem correndo desse jeito.

–Bem, acho que ela cedeu e abriu a porta,porque não estou ouvindo gritarias.

–Que bom né July,assim os vizinhos não pensam que estamos matando alguém aqui dentro. - sorri.

O telefone toca.

–Eu atendo , Priscilla desceu correndo e só deu pra ouvi o Reita la de cima ‘você não vai escapar tão fácil assim’

–Alô.

–Oi,Carol?

–Não,Priscilla. Ricardo?

–É, a Carol ta ai?

–Ta sim,espera aí que vou chamar. CAROOOOOL,telefone !

–Já vou. Alô,oi...

–O que ta acontecendo ai?

–Não é nada ,é só a Pri e o namo... amigo dela voltando a ser crianças.

–A ta, mas eu só liguei pra saber que horas a noite eu posso aparecer por ai?

–Vem na hora do jantar,aproveita e come com a gente!

–Ta bom então , até o jantar.Beijos

–Ta beijos,tchau.

Priscilla desceu as escadas.

–Sai Reita,eu to com fome,quero comer,será que posso ou ta difícil?

–Eu não to fazendo nada... - Reita se defendeu.

–Aiiii como vocês são crianças. - July comentou.

–Ah July, para , só estamos nos divertindo um pouco.

–Vocês tem que agradecer a kami-ssama por eu(um Homem boa pinta) ter aparecido para alegrar essa casa, que só tem MULHER XD. - convencido!

–Homem ,aonde que não estou vendo.-July disse.-To vendo é um menino. - July deu uma gargalhada exagerada.

–Mais em outras ocasiões ,que não vou citar, acho que você discordaria de sua própria opinião.Sou HOMEM até demais,num é Pris... - deu aquela olhada maliciosa. A Priscilla está feliz...

– você diz... Eu não posso concorda com uma coisa que eu não sei, né ReiTARADO,opa desculpa é Reita XD - não acredito no que eu estou ouvindo.

–Ah é assim? - Reita a agarrou.

–Assim como? Eu só respondi sua pergunta.

Pri POV

Ai como eu adorava ver ele com raiva,ai ai ele ficava tão lindo que se eu não tivesse pegado ele,pegaria agora.

Quando ele ia levantar para vir atrás de mim a Carol aparece correndo...

–Gente tenho que ir no mercado fazer umas compras pro jantar.

–Por que? -July perguntou

–Porque o Ricardo vem jantar com a gente! - Carol gargalhou.

–Reita me agarrou por traz ...
– Quem é Ricardo?
– Um garoto que gosta da July. Te conto melhor depois.
Carol correu pra tomar banho e sair e July ficava lá sem se mexer

–Ta tudo bem Ju? - Reita perguntou.

–To sim ,só estava tentando traduzir o que a Carol falou,mais ta tudo bem.

July subiu enquanto eu e Reita ficamos no sofá.

Estávamos nos beijando quando meu celular vibrou no bolso do meu short.

Peguei para ver quem era,mais o Reita foi mais rápido que eu,ele olhou e viu que era uma mensagem do Gabriel. Ele estava querendo se encontrar comigo para conversarmos sobre o que tinha acontecido.

Reita me olhou.
– Você não vai. - ele nem meu namorado era e já queria mandar em mim?
– Por quê? Eu vou lá para esclarecer tudo... não vai acontecer nada demais. Além do mais... estamos juntos a um dia. Tudo aconteceu tão rápido.
– O que você quer dizer com isso? Que está insatisfeita? - ele olhou fundo nos meus olhos.
– Não.
– Você pode ir, mas com uma condição. - ele se ajoelhou e pegou a minha mão. Fiquei com medo...
– Você vai me pedir em casamento? - corei.
– Ainda não... por enquanto vou te pedir em namoro... aceita? - Reita beijou a minha mão.
– Aceito...
Ele tirou o cordão que sempre usava, de ouro, com uma chave pendurada.
– Se vira. - ele pôs o cordão em mim. Eu me virei e dei um beijo nos seus lábios. - Eu te amo e essa chave, é a chave do meu coração. Saiba, que mesmo que tenhamos um dia juntos, eu te amo. - os olhos dele brilhavam com a sinceridade. Agora, não me arrependo de nada.
– Eu te amo. - respondi.
Ele me abraçou e me afagou em seu peito... apoiando o queixo em minha cabeça.
CAROL POV
Marcar com o Ricardo para vir jantar hoje a noite ... bom... isso quer dizer que eu preciso de toda a ajuda. Fui até a sala falar com a Pri, mas me deparei com a cena mais linda que já vi. Os dois estavam lindos juntos, demonstrando carinho. Foi o rolo mais rápido que eu já vi... um dia. Mas eles parecem bem apaixonados... Ela estando feliz é o que me importa.

– Desculpa atrapalhar o love de vocês... mas posso interromper? - já interrompendo...
– Fala... eu e o Reita temos muito tempo de namoro para curtir.
– Namoro? Que isso hein ! Alguém conseguiu prender a Pri ! haha ' - era meio difícil imaginar a Pri namorando, mas aconteceu... - Bom, voltando ao que eu queria... O Ricardo vai vir jantar hoje aqui... preciso da sua ajuda... - Pri olhou para o Reita...
– Carol... o amigo do Reita... Aoi né mô? - ela o encarou...
– Isso. - deu um beijo em sua bochecha.
– Então... ele chega hoje . Estava pensando em chamá-lo.. algum problema? - e agora?... mais encrenca com homens. Bufei.
– Tudo bem... pode chamá-lo... mas sem mais confusões por favor ! - fingi chorar . O Reita e a Pri foram me dar um abraço e eu gritei. Começamos a rir. Algo estava diferente... muito diferente... e eu gosto disso.
– Vou indo falar com a July...
Deixei os dois a sós e fui ao quarto da July. Ela tem saído mais do quarto, mas continuava se isolando lá.
– July... vou entrar. - abri a porta. July estava enrolada no edredom.
Fui chamá-la..
– July... o Ricardo vem conversar com a gente um negocinho... você pode ficar pronta para o jantar ? - fiquei com pena de chamá-la, mas era bom ela ouvir também.. era melhor para ela.
– Tudo bem ... - ela se virou me dando um sinal de vida.

***

Preparei todo o jantar. Coloquei uma roupa social para toda a ocasião. Vejamos... comprei o vinho, o refrigerante, o wisk, para quem gosta de algo mais forte. Coloquei os pratos e arrumei a mesa.
Meu cabelo estava em um rabo alto, escovado... batia até a cintura...
Meu vestido é azul marinho de manga e com um cinto fashion...
Maquiagem ... ok. Brincos... ok. Tudo ok. Sapatos altos em vez de chinelos !
Agora está tudo ok !
A Pri e o Reita já foram buscar o tal de Aoi e eu fiquei em casa esperando o Ricardo. Para a minha surpresa a campainha tocou bem agora. Desci as escadas e fui atender a porta. Nossa... foi o que pude pensar quando vi o Ricardo todo estiloso na porta. Calça jeans azul escuro, cabelos molhados, blusa branca, cinto branco e tennis branco.. ai ai July ... só você mesmo.
- Oi Carol.. - ele me deu um abraço?
– Oi Ricardo. - estranhei o carinho, mas aceitei... ainda bem que passei meu perfume preferido.
– Cheirosa como sempre. Assim, como a comida. -ele sorriu, eu corei.
– Obrigada. Pode entrar . - fui levando-o até a sala. - Estou esperando a Pri e o namorado dela, com um amigo dele que chega hoje ao Brasil. A July já está descendo. - sorri e fui em direção a cozinha - Pode ficar a vontade... você é de casa.- fui falando no meio do caminho.

É horrível admitir que a cozinha para mim é uma fuga.. porque na verdade eu sempre gostei do Ricardo, mas nunca contei a ninguém. O Ricardo sempre gostou da July e se ele a queria e a fizesse feliz, assim deveria ser. Me apoiei na bancada. Não aceito sofrer por amor. Nunca tive um verdadeiro compromisso com esse medo.. e agora vou sofrer sem nem mesmo ter um ? Não aceito... fechei os olhos e respirei.
– Está tudo bem ? - Ricardo apareceu na porta. Eu me assustei tanto que me virei rápida e quase caí, mas ele me segurou, me abraçando- Calma aê. Bota salto e as pernas enfraquecem? - o sorriso dele sempre me deixou constrangida.
– Não se preocupe, estou bem. - me levantei, me arrumei.
– Preciso falar com você. - estranhei, mas amém.
– Diga... - fui mexer falsamente nas panelas.
– É sobre a July. Estou disposto a fazer tudo por ela. - me mantive quieta - Eu amo muito essa garota e não quero estragar nossa amizade... depois desses quatro anos a que mais me apoiou foi você. - me segurei para não falar tudo que sinto por ele - Muito obrigado. Porém, estou disposto a passar para outra. Vou tentar buscar novos amores, mas me manter amigo de vocês. - aquilo doeu no meu coração profundamente.
– Eu preciso ... preciso... - ainda estava mexendo nas panelas - ir no meu quarto..-saí correndo na cozinha .
– Você está chorando? O que houve? - ele gritou enquanto eu subia as escadas correndo. A campainha estava tocando, mas não fui atender... - A campainha...
Ricardo POV

Bom, ela estava tão estranha. Pelo visto ela não vai atender a porta e a July ainda não desceu...

– Ué... Ricardo? Cadê a Carol. - Priscilla entrou toda graciosa pela porta com o que imagino ser o namorado dela e o amigo dele.
– Ela subiu chorando... acho melhor você ir dá uma olhada nela... - informei.
– Tudo bem . Reita, Aoi este é o Ricardo. Vocês podem ir para a sala que eu vou vê-la.- fiz um movimento de cabeça de confirmação. Ela deu um beijo no namorado dela e subiu as escadas.
– Vamos? - sorri.

To be continue...