sexta-feira, 14 de junho de 2013

Quem de nós? (3 cap.)

Bom, ai esta mais um capitulo. Espero que estejam gostando...


Aoi POV

– Alô? Ruki? - fiquei na esperança de o baixinho me atender a essa hora. Estava preocupado com as preparações para amanhã. No fundo no fundo, eu sabia que eu queria, na verdade, impressionar a Kay.

– Você tá doido?? Me ligar a essa hora? - pelo menos ele atendeu. Sorri.

– É muito importante. Pode, pelo menos, me ouvir? - nós somos muito amigos e imagino que ele possa me ajudar com esse problema com o Reita.

– Tá bom... Você tem 2 minutos. 59, 58, 57...

– E se eu dissesse que eu e o Reita estamos gostando da mesma garota. Mudaria de idéia?

– Espera meia horinha que eu estou indo pra aí! - pelo visto isso o deixou meio mal, assim como eu fiquei quando na tarde, em que ela estava aqui, eu e Reita discutimos.

Flashback on

– Você não vai sair daqui agora. - segurei no braço do Reita irritado. A Kay estava olhando então o puxei para a cozinha. - Você não pode ficar dando encima dela na minha casa!

– Por que não? Você nunca se importou com isso. - ele me olhou - a não ser que ...Você estivesse afim dela.

– Eu não estou afim dela! - me irritei.

– Está sim. Dá pra ver nos seus olhos ! - Reita levantou o cenho.
Eu não poderia gostar dela. Ela é bonita, seu sorriso contagiante. Quando ela fica com vergonha e suas bochechas coram, eu fico balançado. É, eu gosto dela.

– Posso gostar. - fui em direção a sala e me joguei no sofá. Reita se jogou ao meu lado.

– Nós dois gostamos dela. Bom, sugiro que deixemos ela decidir. - ele esticou a mão em um gesto de aperto e eu concordei. O Reita é muito meu amigo e isso nunca tinha acontecido antes, mas não era motivo para deixarmos a nossa amizade ir por água abaixo.

Flashback off

Agora, que o Ruki está chegando, eu posso discutir com ele sobre a festa. Ele sempre foi o melhor em realizar festas e a ajuda dele é muito eficaz. Ri internamente pensando nisso e em como ele poderia realizar a festa na piscina.
O que será que ela deve estar pensando sobre mim? Um tarado velhote afim dela? Bom, o Reita também está afim dela e não é à toa.
Ela é bonita, meiga, tímida, radiante, reluzente... Não tenho mais palavras para descrever o que eu vi nela. É algo diferente, algo que toca no meu íntimo. Quando ela sorri o meu íntimo diz para protegê-la e isso é mais do que qualquer amor de verão. Eu estou sendo capaz de fazer uma festa em um dia para trazê-la para cá. Sorri.

Peguei-me tão distraído nos meus pensamentos que eu não ouvi a campainha tocar. Só podia ser o Ruki. Levantei-me para abrir a porta.
– Oi baixinho!
– Não me chama de baixinho e vai contando logo o que está acontecendo. – ele foi entrando na minha casa e se sentando.
– O que aconteceu é que eu contratei uma menina, pensando que era um menino, para cortar a grama daqui de casa. O nome dela é Kay. – ri baixinho – Enfim. O Reita gostou dela e já estava tirando a blusa e “ensinando-a” a corta a grama. Foi quando eu o chamei e percebi que estou afim dela. – Ruki se enrijeceu, mas não sei porque.- O que houve?
– Você sabe que o Reita é competitivo, não sabe? – ele encarou isso como um problema. – Isso... – fomos interrompidos pela campainha. – Deve ser o Reita. Eu o chamei para vir.
Eu me levantei e fui atender a porta e realmente é o Reita.
– Oi. – ele sorriu gentilmente, até demais. – Posso entrar?
– Pode sim! Por que pergunta? – devolvi o sorriso. Agora que percebi que também estou ficando competitivo e de certa maneira estou reagindo de maneira mais mecânica com ele.
Fomos para a sala e nos sentamos.
– Reita, eu te chamei aqui para discutirmos o problema de vocês. – eu e Reita nos entreolhamos. Contar para o Ruki não foi problema algum porque sempre contamos tudo e não foi para isso que eu o chamei.
– Olha Ruki, na verdade isso foi um pretexto para eu te pedir um favor. – olhei preocupado para ele.
– O que? – ele já está ficando com raiva.
– Não, quer dizer, isso realmente está acontecendo, mas na verdade te chamei para ver se você podia me ajudar a organizar uma festa em que ela vai estar amanhã. – Ruki me olhou perplexo. – Todos já sabem e vão vir, só falta você me ajudar. – Olhei com cara de pidão para ele.
– Quantos você chamou? – Ruki levantou o cenho devagar.
– Só o pessoal da banda, ela e um amigo dela que vem também. – Ruki riu alto.
– Um amigo? Tem certeza que é só um amigo? - Ruki disse me encarando e Reita sorriu.
– Acho que já sei que amigo é esse. – o sorriso virou um olhar de diversão. – Ele é o melhor amiguinho dela e a meu ver, gosta dela. Mais um concorrente. – olhou para mim e sorriu.
– Parece que vocês estão com problemas. Vocês nunca ouviram que o amiguinho sempre vence? – Ruki gargalhou de chorar com tudo isso enquanto nós ficamos o encarando perplexos.
– Nós estamos em uma situação pior e você ri? – eu não pude deixar de perceber que ele se divertia com tudo isso.
– Está bem. Eu ajudo você com a festa. O melhor que eu puder fazer. – nós sorrimos e Ruki foi logo pegando o telefone e falando com os seus contatos.
Tudo está acontecendo rápido e eu quero que ela para mim.

Reita POV

Ruki pegou o celular e foi logo fazendo contato e decidindo a decoração, bebida etc. Ele se levantou e foi para a varanda enquanto eu e Aoi ficamos sozinhos na sala.
– Muito legal a idéia da festa. – eu puxei assunto.
– É, eu sei. – o clima está ficando chato entre nós e eu não tinha esse objetivo quando comecei a gostar dela.
– Eu gosto muito dela. Quero-a muito, mas não quero que isso acabe com a nossa amizade. Isso, para mim, não é uma competição. Como você disse, deixe que ela decida.
Por mais que eu a quisesse não queria que isso fosse competição realmente. Aoi é um dos meus melhores amigos e isso tudo poderia comprometer a banda. Antes de tudo... a amizade. Será que ela pensa assim também? Porque se não, ela pode escolher o amiguinho dela.
– O que você acha da concorrência, o amiguinho dela? – perguntei ao Aoi.
– Acho que ele é mais amigo do que outra coisa. Não quero me preocupar com vocês, eu quero é me preocupar com ela. Eu a imagino muito frágil. Pensa..você e eu não somos mais importantes que o amigo dela e isso pode comprometer a relação dos dois.
– Como? – não entendi o que ele quis dizer com isso.
– Ela não deve saber que o amiguinho...
– Richard – interrompi.
– Enfim, que o Richard gosta dela não é? – ele me olhou curioso.
– Não sabe. Eu conversei com ele e garanto isso. – gesticulei o juramento de escoteiros.
– Então... ela não sabendo, imagina o que ele vai fazer quando fomos paparicá-la? Ele pode ser o curinga disso tudo. Ele que pode escolher entre eu e você. – eu não havia pensado nisso, mas Aoi tem razão.
Muita coisa vai acontecer de hoje para amanhã e eu quero estar preparado para tudo.

Kaylane POV

Levantei-me e fiz o de sempre. De banho tomado eu peguei as minhas coisas, pus o biquíni.
O café-da-manhã está cheirando deliciosamente como todas as manhãs.
– Bom dia mãe! – fui em direção a ela que está na pia e dei um grande beijo nela.
– O que houve? Por que está de bom humor? Nunca acorda assim. – o tom dela é oscilante ao me perguntar.
– Vou a uma festa na piscina... com o Richard. – ela me olhou espantada.
– Richard?? Você está afim dele? – curiosa ela me olhou.
– Eu não estou afim dele, mãe. Ele é um grande amigo.
– E bonito também.
– Está bem. Ele é bonito, cavalheiro, me trata bem e um ÓTIMO AMIGO.
– Vai dizer que nunca passou pela sua cabeça? – ela cruzou os braços e encostou na bancada da pia.
– Pode ser. – fomos interrompidas pela campainha.
– Deve ser o Richard. Eu vou atender. – senti um tom de zombaria ao falar, mas não me deixei levar e continuei a comer o meu misto quente.
– Não vai começar por algo mais leve nessa manhã? Um SEX ON THE BEACH? – ouvi o riso único dele.
Ele entrou na cozinha e minha mãe logo apareceu.
– Aceita alguma coisa Richard? Entra. Senta.
– Não. Obrigada Sra. Mancedo. – ele se sentou ao meu lado.
– Vou deixar vocês aí que eu tenho que ver umas coisas lá encima. – minha mãe ao sair piscou para mim e senti um ar de “vou deixar vocês a sós”

– Me conta, preparada? – não tive coragem de olhar nos olhos dele depois de tudo que a minha mãe me disse.
– Bom, mais ou menos. Sinto que o Reita e o Aoi gostam de mim e eles vão estar na mesma festa.
– Eles são amigos e se entendem. Eles vão deixar a questão para você, é óbvio. – eu continuava sem olhar para ele. – está tudo bem? Por que não olha para mim? – eu o olhei e foi aí que eu percebi que os olhos verdes dele sempre me atraíram. – Kay?
– Oi! Está sim. Estou preparada. Eu acho... não estou bem certa do que fazer.
– Sem pressa. O que importa é você fazer o que seu coração sente que deve fazer. – ele sorriu para mim. Um sorriso inocente e imaculado. – Por que está me olhando assim? Temos que ir. Já são 7:30 hr.
– Vamos. Claro. – me levantei. Coloquei a louça na pia, peguei a bolsa na sala e Richard me acompanhou.

– Tchau mãe!
Não esperei a resposta dela para pegar a chave e sair de casa. Fui em direção ao carro dele, mas ele em vez de abrir o carro, pegou as minhas duas mãos, olhou profundamente nos meus olhos e disse:
– Preciso te contar uma coisa antes de tudo acontecer. – ele está sério e lindo.
– O q-quê? – droga! Gaguejei!
– Eu... eu... – ele deu uma pausa – eu só quero que saiba que estou aqui para o que der e vier, não importa o que aconteça.
Nunca o tinha visto desse jeito. Triste e feliz ao mesmo tempo. Será que ele sempre gostou de mim e eu nunca percebi?
– Obrigada Richard. – eu me aproximei para beijá-lo, mas ele recuou e abriu a porta para eu entrar.
Não sei o que está acontecendo, mas sinto meu coração revirar. Aoi, Richard ou Reita?
Entrei no carro e paralisei. Fomos calados. Senti que o Richard pensava profundamente. Isso estava ferindo-o e eu não percebi.
Ele respira hesitante em falar alguma coisa, mas se cala.



To be continue...

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