terça-feira, 26 de novembro de 2013

Traição tem perdão ( cap 12)

Ricardo POV
Indo para o estúdio...

– Estou animada para conhecer o estúdio onde o meu amorzinho trabalha. – Priscilla está animada como sempre. Devem estar pensando que o negócio entre eles está ficando sério.
– Eu também. – Reita a beijou.
Andar com eles nessas três semanas me deixou carente. Eles se pegam muito, menos o Aoi e a Carol, eles são mais discretos, mas a Priscilla e o Reita... eles gostam tanto de um quarto que no outro dia vi o Aoi e o Reita (de lençol) abraçados na porta do quarto dele... não dava tempo de ele colocar uma roupa? Enfim, não é isso que está em jogo aqui. A intenção é fazer a July e o Kai se encontrarem. Amo a July e quero a felicidade dela acima de tudo, mesmo que isso queira dizer ela voltar para o Kai.
A olhei e lá está ela, na janela, olhando vagamente a paisagem, linda como sempre.
– Ricardo... encontrou alguma japonesa por ai? – Carol me perguntou tentando me infiltrar na conversa.
– Não, não encontrei nenhuma. Apareceram algumas depois daquele show no aeroporto. – todos rimos e cada um ficou no seu canto conversando.

– Chegamos ! – Aoi apontou para o prédio enorme, todo de vidro. Parecia ter uns 40 andares.
Todos nós saímos da limusine deslumbrados com o prédio e a área ao nosso redor.
– Prontos para conhecerem o nosso local de trabalho? – Reita nos perguntou e entramos no prédio.
– Sr Suzuki. Sr Shiroyama. Bem vindos novamente.
O pessoal da recepção fez reverência e entramos no recinto.
– Shiroyama e Suzuki? – July perguntou desconfiada.
– São os nossos sobrenomes. – Reita sorriu.
– 23º andar, por favor. - entramos no elevador.
– Como isso é uma surpresa queria que vocês três colocassem uma venda. – Aoi sorriu, parece ansioso com tudo isso.
Elas estranharam, mas aceitaram.
– Tudo bem.
– Por mim também.
– Não sei que surpresa é para mim, mas ok. – July finalizou.
– Não falem absolutamente nada até chegarmos lá e eu mandar vocês tirarem a venda. – Reita finalizou.
– Tá. – Falaram em uníssono.
Botamos as vendas nelas antes de chegarmos ao andar. Ouvimos o soar do sinal de chegada.
Eu me surpreendi com o andar todo. A parede que deveria ser uma janela é toda de vidro dando uma linda paisagem. A saída do elevador já é o estúdio.
O Reita guiou a Priscilla. O Aoi guiou a Carol. Eu guiei a July. Eu, Aoi e Reita nos entreolhamos preocupados e fomos para a sala de gravação.
Todos estavam lá, inclusive o Kai, vendado. As meninas sorriam como crianças.
– Parem aqui. – Reita disse e a Pri ia tirando as vendas – Calma... apressada.
Eu posicionei a July em frente ao Kai.
July POV

– Podem tirar a venda. – Reita autorizou e todas nós tiramos as vendas.
– Kai! – eu me surpreendi ao vê-lo. Suei frio. Todo o passado se passou em minha mente. Tudo!
Comecei a ficar tonta. Assustada, fraca.
– July ! – ele sorriu atenciosamente e me deu um abraço. Porém, eu não me mexi. Não consegui... fiquei em estado de choque.
– Me solta... – uma lágrima rolou de meu rosto. – não me toca... sai de perto de mim. – senti uma repugnância tão grande dele.
– Não, July! Deixa eu te explicar, deixa eu falar melhor com você.
Dei socos no peitoral dele descontrolada.
Ricardo me segurou, mas eu o empurrei.
– SAI DE PERTO DE MIM! NÃO QUERIA VÊ-LO NUNCA MAIS ! NUNCA MAIS! E AINDA NÃO QUERO VÊ-LO!
Empurrei o Ricardo e saí de lá em direção ao elevador.
CAROL POV

Eu olhei para a Pri que entendeu tudo. Eles só nos usaram para reencontrar a July com o Kai. Uma raiva subiu pelas minhas veias.
Pri olhou séria para o Reita e foi atrás da July. Reita tentou segui-la, mas eu o impedi.
– Não vai atrás dela.
– Eu só quero explicar...
– O que? Que vocês nos usaram? – interrompi - Só para fazer isso tudo? Sem a permissão dela? O Ricardo ainda ajudou vocês? – olhei para o Ricardo.
Aoi me segurou.
– Me solta... Não quero saber de você, você prometeu uma mentira. Você exala mentira e não quero que me encoste. – parecia que eu cuspia fogo.
– Deixa eu explicar... nós não usamos vocês... – Aoi tentou se explicar. Mas foi aí que eu comecei a falar.
– Primeiro vocês nos encontram, namoram com a gente, nos trazem pro Japão e não foi para nos usar? Quer que eu acredite nisso mais do que eu acredite na sua promessa?- o encarei com raiva.- quer saber... que se dane. – ia em direção ao elevador quando o Aoi me impediu segurando o meu braço.
Eu olhei para o braço dele com tanta raiva que ele foi me soltando devagar. Eu olhei para o Kai que está paralisado vendo tudo no mesmo lugar, parecia não entender nada.
– Bom te ver Kai. – sorri sarcasticamente e saí.
Larissa POV
Todos estão tensos com toda a situação. Eu imaginava uma reação parecida, mas não tão decepcionante. Os meninos estão arrasados e não saíram do lugar até agora. Ricardo foi atrás delas...
– Meninos... eu perguntei se vocês estavam preparados...
– Nós sabemos, mas erramos mesmo assim... – Reita respondeu indo se sentar no sofá.
– Vocês vão ficar aí parados? Vão atrás delas!
Eles me encararam com surpresa, mas antes de terem alguma reação Ricardo voltou chateado.
– Elas pegaram um táxi e foram para casa de vocês.
July POV
Eu não acredito nisso tudo. Reencontrar o Kai foi a pior coisa que me aconteceu. Minhas pernas estão bambas e me sinto fraca outra vez.
– Calma July, nós vamos para a nossa casa. – Carol me confortou anunciando a nossa partida para daqui à pouco. – Vamos arrumar as nossas malas.
AOI POV

Chegamos em casa, mas não tinha mais ninguém. Todas as coisas delas se foram menos o vestido que dei de presente a Carol que está no chão do quarto.
Eu encostei na parede do meu quarto e deslizei sentando no chão angustiado. Eu a perdi.
REITA POV

Eu entrei no meu quarto e o cordão está na cama, arrebentado, com uma carta ao lado. Isso dói no meu coração.
“ ‘Amorzinho’,
Estou te devolvendo a chave do seu coração. Não o quero mais.
Nunca achei que você fosse fazer isso comigo. Decepcionou-me de tal maneira que
não quero mais vê-lo, pretendo esquecê-lo. Espero que faça o mesmo.
Porém, creio que para você será fácil, já que eu não passei de um jogo para você.
Esquece as carícias, tudo... até as lembranças. Não o quero mais.
A Carol ficou tão decepcionada que nem carta quis escrever. Só chora e não é a toa.
Adeus.”

Uma lágrima caiu do meu rosto e foi aí que eu parei para sentir a dor.

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