sábado, 19 de outubro de 2013

Traição tem perdão Cap 7

Carol POV
Acordei. Provavelmente, a primeira. Depois de tudo que aconteceu ontem eu só pude subir e ir me deitar. Eu estava ficando dramática que nem a July e não gosto disso. O Aoi me seduzir daquele jeito me deixou balançada, mas não quis arriscar ... não vai comigo. Ainda mais quando eu, na verdade, gosto do Ricardo, ou pelo menos acho que ainda gosto. Sentei na beirada da cama e passei a mão no rosto. Estou me sentindo fraca já que não jantei ontem.
Levantei-me, fui até o banheiro e lavei o rosto. Estou cansada e mais tarde pretendo trabalhar.
Descendo as escadas é que percebi o quanto eu estou fraca. Estou tonta. Cheguei à cozinha e Pri já estava lá com o Reita... provavelmente dormiu aqui, outra vez.
– Bom dia. Como você está pálida... está tudo bem ? – Pelo visto a minha cara estava pior do que eu pensava para ela me dizer isso.
– É mesmo... – Reita confirmou.
– Não estou me sentindo muito bem, mas é só fraqueza por não ter jantado ontem. – suspeitei.
- Nem brinca amiga. – Pri se aproximou e botou a mão em meu pescoço onde eu recuei... a mão dela estava gelada ... além de pálida e tonta eu estou com febre. Era só o que me faltava.
– Você anda sobrecarregada? –
como assim? Isso não podem ser sintomas por estar sobrecarregada.
– Não. – eu sorri – é fome gente, pode deixar. – fui até a bancada e peguei um gole de café que ao botar na boca não me fez bem e desisti.
– Você não está bem Carol... Vá se deitar que eu vou levar algumas coisas para você comer. –
eu estou bem...não preciso disso tudo.
– Pode deixar que eu vou me mexendo e melhora...eu tenho que trabalhar ainda hoje. – finalizei.
Eles me olharam sem entender e saíram da cozinha.
Ela deve ter ido para a casa dele, suspeitei. Eu fui até a geladeira pegar o leite, mas minhas pernas cederam no meio do caminho e eu caí. Resolvi ficar ali mesmo me analisando... é, eu não estava bem.
Aoi entrou na cozinha e correu em minha direção.
– Carol... – ele me pegou no colo...
Ricardo estava indo para a cozinha e nos encontrou no início da escada.
– O que houve com a Carol?
– Eu não sei, a encontrei caída na cozinha.
Aoi me botou na minha cama e Ricardo subiu também.
– Eu vou chamar a Pri ... – Ricardo saiu do quarto.
– Eu vou cuidar de você. – Aoi foi no banheiro e voltou com uma toalha de mão úmida e colocou na minha testa... senti um arrepio.
– Eu não posso ficar. Tenho que trabalhar. – esforcei-me para sentar na beirada da cama. Ele não me impediu. Sentou ao meu lado...
– Ainda acha que pode ir trabalhar? Afinal, com o que você trabalha?
– Eu trabalho como executiva em uma empresa musical... eu trabalho na parte de gravação. – resolvi deitar e me joguei para trás.
– Gosta de música?
– Gosto muito... se eu soubesse tinha feito faculdade de música. – nessas horas é que eu penso em voltar no tempo.
– Eu toco guitarra. – ele deitou ao meu lado e sorriu para mim, mexendo nos meus cabelos. É o meu ponto fraco, sempre gostei.
– Quer que eu vá trabalhar no seu lugar hoje?
– Não, Não! Não precisa... pode deixar... eu vou trabalhar. – insisti.
– Se você tivesse em condições de trabalhar a sua voz não falhava agora... você está fraca... descansa. – ele me convenceu.
Eu gostaria que você ficasse e tomasse conta de mim... corei com a idéia.
– O que houve? Estou te incomodando? – ele me olhou aflito.
– Não... é que eu queria que você ... – fechei os olhos, não podia pedir-lhe isso.
– Diz... – ele insistiu. Comecei a pensar no que iria dizer, sinto que ele é uma pessoa que me entende.
– Queria que você ficasse aqui comigo... – olhei para ele que ainda alisava o meu cabelo.
– Eu fico... – ele sorriu para mim. – adoraria.
– A Priscilla e a July saíram ... – Ricardo deve ter se espantado com aquela cena... eu e Aoi estávamos frente a frente deitados na cama – ops, desculpa. – é só para avisar que estou saindo. – me levantei com esforço e fui em sua direção.
– Eu te acompanho até a porta. – senti o meu estômago revirar e cedi ao desejo do meu corpo e caí de joelhos chorando de dor. Aoi se levantou e se ajoelhou ao meu lado.
– Deixa que eu o levo. – Aoi me ajudou a levantar e me colocou na cama onde caí no sono... só pude sentir um beijo na testa.

Aoi POV

– Ricardo. Eu posso falar com você um instante antes de você ir?
– Diz aí. – fomos indo em direção a sala e nos sentamos. O jeito dele é meio elegante e desleixado, imaturo.
– Você e Carol se conhecem há um tempo já, não é? – o olhei com bastante atenção.
Será que ele sabia que a Carol gostava dele?
– É. – ele sorriu para mim – sempre gostei muito dela. Sempre foi muito esforçada e compreensiva. Sempre me ouvindo. Quem não a conhece diz até que ela quer mais que amizade ...
– É verdade. – confirmei lhe dizendo a minha hipótese
que eu sabia que era verídica.
– Tenho que lhe dizer que até eu já pensei nisso. Porém, ela aceitou muito bem eu gostar da July. –
pelo visto ele não a conhece tão bem assim... – Mas por que você quer saber?
– Nada não. É que eu também pensei na possibilidade dela gostar de você. Sabe, eu gosto muito dela e vejo futuro com nós dois. – sorri abertamente. Ele não sabia a chance que estava perdendo com uma garota tão linda e gentil.
– Ok.Vou embora. Você avisa a Carol que está decidido que iremos ao Japão daqui a exatamente um mês... nos encontraremos aqui.
– Aliás. Como vamos... em que cidade ficaremos?
– Bom, vamos em meu jato para a cidade de Osaka. -
droga.
– Olha, podemos ir no meu avião porque aí vocês podem ficar hospedados na nossa casa e conhecer outros lugares, seremos seus guias. – sorri para ele não desconfiar que havia algo por trás.
– É, o Reita viu essa possibilidade, mas ficou a critério da Carol. A Priscilla disse que quem decide essas coisas normalmente é a Carol.
– Tudo bem. – nos levantamos e fomos indo até a porta.
– Fala com a Carol que entrarei em contato.
– Eu falo. – fechei a porta – Como ele não sacou que a Carol sempre gostou dele? – estranhei.

Subi as escadas, peguei meu celular.
– Alô Priscilla?
– Oi. Fala Aoi.
– Carol está passando mal...Estou cuidando dela.
– Tenho certeza que ela está em boas mãos. Já estamos indo. Beijos.
– Beijos.

Entrei no quarto e me deitei ao lado dela vendo-a dormir. É tão doce, tão puro. Tão tranqüilo. Não é a toa que eu me apaixonei por ela perdidamente, mas ela não quer, mas não desisto fácil.
Fui molhando a toalha e passando em sua testa para fazer a febre baixar.

Carol POV

Acordei e vi Aoi ao meu lado alisando os meus cabelos com os olhos fundos e perdidos em mim.
– Que bom que está melhorando.
– Que bom que tenho alguém para cuidar de mim. – ele pegou a minha mão e a beijou com muito carinho e ficamos lá nos encarando por um tempo.
– As meninas estão vindo.
– Elas podem vir, mas quero você aqui comigo. – ele fez uma feição de aflição. Também faria no lugar dele. Não sabia porque queria tanto ele ao meu lado.
– Não vai pegar bem para o Ricardo eu com você.

Tinha me esquecido do Ricardo. Já não sei mais o que sinto por ele, depois que o Aoi chegou muita coisa mudou... desde o dia da boate
muita coisa mudou.
– Não ligo mais para o que o Ricardo acha. – me emburrei.
No dia em que fomos para a boate lutei para não dizer o nome dele e fingir que não sentia nada, que não pensava nele, que não me importava.

* Flash back on *

–Podemos ir na boate Marble Hell , no centro, e falar com aquele garoto... Qual o nome dele?...- eu sabia o nome dele, é meu amigo... porém parecer que não me importo faz com que não percebam o que sinto por ele.
– Ricardo... – July revirou os olhos. Faz 4 anos que eu gosto dele e 3 anos que ele está afim da July.
Isso! Ele gosta de você não é? Ele pode nos fazer entrar de graça ! – meus olhos brilharam fingidamente. - Faz tempo que não vamos gente ... . A loucura é você beijá-lo July ! – eu ri forçado... Ele gostava dela e mereciam ser felizes. Não era eu que ia impedir.

* Flash back off*

Ficamos em silêncio nos olhando, nos analisando.
– Me diz como você conseguiu fazer com que eu me apaixonasse por você? -
ele estava falando sério? – O único problema é que você se preocupa demais com outros e se esquece de você.
Os lábios dele mexiam com perfeição me enfeitiçando. Eu estava aprendendo com ele e ao mesmo tempo, me apaixonando por ele. Porém, não estava pronta para ceder, ainda não. Tenho certeza que muita coisa vai acontecer aqui e no Japão.
– O Ricardo disse que vai te ligar para decidir com que avião nós vamos e para qual casa. Vamos viajar daqui a um mês. – quebrou o silêncio.
– Pode deixar.

Ainda tinha que falar com as garotas... é bom mudarmos um pouco.

To be continue... 

2 comentários:

  1. Que legal o texto.. vou acompanhar o proximo :D

    http://vaidosaborboleta.blogspot.com.br

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    1. Vlw.Foi até muito engraçado escrever essa fic, rimos muito.
      Que bom que vc gostou!

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