segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Traição tem Perdão (Cap.9)

Carol POV

Aoi saiu todo animado do quarto com a July e se trancou no quarto dele.
– O que houve July? – entrei no quarto toda enrolada com as malas.
– Nada não. Só tive uma idéia e resolvi falar com ele. – estranhei, mas está válido.
– Tudo bem. – sorri. – O que quer fazer hoje depois de 2 anos sem vir ao Japão?
– Bom, queria ficar aqui e descansar um pouco.
É. A viagem foi cansativa e concordei com ela de irmos descansar um pouco. Decidi dormir um pouco, descansar.


Pri POV
Você é incrível. – Reita me mimava de todos os sentidos até com as palavras.
– Obrigada, mas não sou.
Eu o amo tanto que sinto que não sei o que fazer se ele me decepcionar. Nós temos passado muito tempo juntos desde que nos conhecemos, nos damos muito bem.
– Posso te pedir uma coisa? – estamos debaixo dos lençóis enrolados e nos olhando, nos amando.
– Pode. – beijei-o.
– Pode me ajudar a fazer uma surpresa para as meninas e para você, só que nesse caso preciso da sua ajuda. – ele estranhou o meu olhar duvidoso – É que o Aoi gosta muito da Carol e pensei em fazer um jantar em grupo para ele investir nela. Que tal ?
Eu gostei da idéia, mas será que a Carol iria gostar?
– Eu ajudo. – nos beijamos e fomos aprofundando para mais uma vez nos amarmos.
Reita POV
Eu fico vendo-a dormir e é algo tão lindo. Sinto-me mal de não contar para ela que as trouxemos aqui para a July falar novamente com o Kai, mas tem um problema nisso tudo... o Ricardo. Ele gosta da July e pode querer estragar tudo. Não estava planejado trazer ele também, mas não pude fazer nada. Levantei-me devagar da cama para não acordá-la. Vesti a calça dins e fui ao quarto do Ricardo.
‘ toc, toc’

– Posso entrar Ricardo?
– Pode !
Ele abriu a porta e fui logo me jogando na cama.
– Preciso falar com você. – procurei me manter sério . – É sobre a July.
– Aconteceu alguma coisa? – ele se jogou na cadeira.
– É. Você não sabe, mas não pode tentar ficar com a July.
– É, eu sei. Por isso quis trazê-la para o Japão. Preciso da sua ajuda. Estou procurando o Kai para eles resolverem tudo.
Minha cara está no chão com esse comentário. Ele planejara isso tudo como nós.
– Então– ele confirmou com a cabeça – Bom, eu e Aoi somos amigos do Kai e as trouxemos para o Japão para a July encontrar o Kai. Ele sente muita falta dela e está ficando depressivo. Vai me ajudar?
– Claro... Mas vocês não estão tentando ficar com as meninas se aproveitando disso não é? – eu não tinha pensado no impacto que isso ia causar nelas quando descobrissem.
– Elas não vão gostar nada quando descobrirem que foi interesse...
– Não.. eu amo a Pri, mas não tinha pensado nisso. - minha cabeça ficou confusa com a situação. Eu não poderia contar a Pri.
– Então acho melhor decidir logo o que fazer antes que a perda...

Saí do quarto e fui até o meu. Pri ainda está dormindo profundamente, linda. Deitei ao lado dela devagar não tirando os olhos do rosto manso que ela tem. A pele dela fica linda entre os lençóis brancos. Ao tocá-la é sedosa como seda.
– Está me paquerando?
Pri está acordada, mas eu não percebi. Os olhos dela são lindos e me mantém ligado a ela. Não suporto o fato de poder perdê-la.
– Estou olhando a garota linda que está na minha cama. – ela me olha e faz uma cara de dúvida.
– Uma garota que está na sua cama? – ela ficou chateada com o comentário.
– E que divide a minha vida... e que possui o meu coração. – a beijei profundamente com um pouco de culpa.
Não podia contar a ela, mas não quero perdê-la...
– Amor, a porta...
Foi quando eu percebi que estavam batendo na porta.
– Espera que eu já volto.
– Tudo bem, vou tomar um banho. – Pri se levantou ousadamente e foi até o banheiro.
Eu atendi a porta e quem mais poderia ser além de Aoi.
– Preciso da sua ajuda para conquistar a Carol. É genial.
– Ajudo, mas preciso falar com você antes ...
– Tá, mas vai me ajudar?
– Eu ajudo, mas me ouve. Você já parou para pensar o que pode acontecer se elas descobrirem que nós planejamos isso tudo e não avisamos a elas?
– Não... – ele me olhou com um ponto de interrogação na testa
– Elas vão ficar chateadas. –não gostei disso em nada, mas é a realidade.
– O que faremos? Contamos a Carol e a Priscilla?
Aoi me olhou, se questionou.
– Depois que você me ajudar pensamos nisso, ok? Mas até agora eu só penso que é melhor não. Fazendo isso estragamos tudo...

***
Carol POV

Já estamos no Japão faz 1 semana e as coisas passaram muito rápido. No primeiro dia os meninos fizeram um lindo jantar com Karaokê que é bem famoso por aqui. Já fizemos tantas coisas que penso ‘
o que faremos hoje?’. Eles me deram total liberdade dentro da casa deles e nos levaram para vários lugares. O estranho é que não ouvimos eles falarem da banda.Bom, acho melhor tomar o meu café aqui tranquila na bancada da cozinha. Só pude rir de mim mesma.
– Bom dia Carol! – Reita entrou na cozinha bem mais feliz do que o normal.
– Bom dia... – minha desanimação foi estranha até para mim. Afinal, tinha me divertido tanto, mas ainda me sentia sozinha. O Aoi ficou meio distante de mim todo esse tempo e estou preocupada.
– Nossa, que animação. Gostaria de te fazer um convite individual nessa manhã. Posso? – ele sorriu e pegou as minhas duas mãos. Eu confirmei com a cabeça. – Gostaria que fosse até centro da cidade comigo, só eu e você. Aceita? Tem um parque lindo lá. – o sorriso dele é tão contagiante que não pude recusar. Ele está muito diferente desde que conheceu a Priscilla, mais animado. – Então vá se arrumar. Está esperando o que?
Eu devolvi o sorriso e fui me arrumar. Está um pouco frio então eu peguei uma meia calça preta, minha saia de pregas amarela, uma blusa de gola em ‘V’ de meia manga preta e minhas botas. Aproveitei para botar um cachecol amarelo para combinar. Com uma boina estilo francesa preta e luvas pretas. Gostei.
– Vamos? – Reita me deu o braço para eu apoiar.
– Vamos.
Saímos porta afora.
– Vamos de metrô.
– Metrô? Por quê? – ele sorriu – Tudo bem vamos de metrô. – concordei.
Entramos no metrô e ele manteve o silêncio por todo o percurso.
Chegamos até a plataforma e o metrô se aproximou. Estranhamente todos os vagões estão vazios, menos o da nossa frente, com uma pessoa. Quando as portas se abriram foi que eu percebi que ele estava com uma rosa na boca tocando uma melodia linda no violão, na minha direção. Do nada as pessoas a minha volta começaram a dançar e cantar como um musical. Eu fiquei sem entender. Reita pegou a minha mão e entramos no vagão junto com todas as pessoas. Ele me sentou e começou a cantar para mim. Quando chegamos a próxima estação, Aoi entrou com outro violão e começou a fazer a base enquanto o anterior foi para trás dele e foi fazendo solos. Tudo muito lindo, só pude começar a chorar. Toda aquela situação foi armada pelo Aoi para mim. Reita estava fazendo a segunda voz do Aoi . As outras pessoas começaram a dançar em volta dele. Aoi está com olhos fixos em mim, tão gentis e brilhantes quanto qualquer pessoa já pode olhar para mim, são reluzentes, cintilantes. Eu não consegui me desviar em nenhum momento dos olhos deles e quando acordei ele tinha parado de tocar e estava na minha frente ajoelhado.
- Carol. Eu te amo.Não sei mais o que posso fazer para te mostrar isso.
– Não precisa mostrar mais nada. – não aguentei e em um impulso o beijei ali mesmo, na frente de todos.
Um beijo apaixonado e envolvente. Mais envolvente do que o beijo na piscina. Foi ali que eu percebi que ele é o homem da minha vida.
Reita começou a aplaudir junto com as outras pessoas. Aoi pegou a minha mão e me levantou.
– Você quer namorar comigo? – eu chorei e o abracei. Com um sussurro eu só pude responder:
– É claro.
Achei incrível. Lindo! Não resisti.
O metrô parou e me pegando no colo saímos do vagão. Ele me pôs no chão de frente para ele, segurou o meu rosto com as duas mão levemente e me beijou devagar e apaixonadamente. Nisso senti levemente dizendo algo como ‘minha namorada’ em meus lábios.
– Pronta para almoçar? – ele sorriu, mas a minha cara foi de desaprovação. – O que foi?
– Você me chama para almoçar com essa roupa? Estou ridícula e mal vestida para jantar com você à noite no Japão! – respirou aliviado.
– Pensei que fosse outra coisa. Você está linda para mim. – é... o homem da minha vida. – Melhor. Já que não está se sentindo bem, vamos em casa e você troca de roupa. Veste o presente que eu comprei para você.
– Para mim? Não precisava.
– Eu sei que você não gosta que comprem coisas para você, enfim... mas eu faço questão.
Consegue até me convencer com simples palavras. Tão sincero.
– Está bem.
Demos as mãos e saímos da estação onde eu surpresa, entrei no carro dele.

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